Na última semana, de 19 a 24 de novembro, a coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) e professora do curso de Medicina do UNIFAGOC, Gisele Aparecida Fófano, participou do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em Salvador, Bahia.
A docente participou das atividades pré-congresso e também apresentou dois trabalhos no evento, são eles: “Gastos diretos e indiretos do acidente vascular cerebral no Brasil em 2018: estimativa baseada em dados secundários – Código 39684” e “Análise dos gastos diretos e indiretos com transtornos mentais entre 2015 e 2019 na população brasileira – Código 39680”.
“Participei pela primeira vez no 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva que aconteceu com o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública, em 2006, na cidade do Rio de Janeiro. Depois no ano de 2009, participei pela terceira vez. O 9º Congresso Brasileiro aconteceu em Olinda”, conta a professora.
TRABALHOS
A coordenadora do CEP conta que os trabalhos são do seu grupo de pesquisa do doutorado, Economia da Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e que a ideia de os inscrever no Congresso surgiu pela necessidade de divulgar para a comunidade científica os resultados de algumas das pesquisas desenvolvidas pelo grupo.
Gisele diz que o primeiro resumo teve o objetivo de descrever os gastos diretos e indiretos por transtornos mentais entre os anos de 2015 e 2019 e que o segundo analisou pela perspectiva do sistema público o impacto que os gastos diretos e indiretos do AVC geraram no Brasil no ano de 2018.
“Ambos foram pesquisas de natureza observacionais e descritivas, de coleta e análise de dados secundários do Sistema de Informação Ambulatorial e Hospitalar (SIA e SIH) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e da Base de Dados Históricos da Previdência Social (DATAPREV). Os dois trabalhos foram orientados pelo prof. Alfredo Chaoubah, do programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da UFJF”, descreve a docente.
CONGRESSO
Gisele destaca que o Congresso a colocou em contato com gigantesco painel expositivo de experiências de pesquisa no campo da saúde coletiva e que a impressão que teve, é de que os pesquisadores brasileiros, especialmente das áreas das ciências da saúde, sociais, e humanas fizeram uma poderosa ressonância dos problemas/condições que afetam a saúde da população brasileira.
“Tudo isso para além de uma instância diagnóstica, pois esse cenário importantíssimo de comunicação científica mostrou também composição de experiências de intervenção prática nas realidades contextualizadas por esses estudos. Além do mais, pode-se contar como de costume, com a contribuição de palestrantes que são grandes nomes da saúde coletiva desses tempos, o que fortaleceu esse intercâmbio de experiências”, afirma a docente.
CONHECIMENTO
Nas atividades pré-congresso Gisele destaca que participou do curso “Pesquisa qualitativa em ambientes digitais”, coordenado pelos professores Suely Ferreira Deslandes e Tiago Coutinho da Fundação Oswaldo Cruz/RJ.
“Esse curso trouxe excelentes reflexões sobre o modo de se fazer pesquisa, em especial a qualitativa além de trazer importantes conteúdos como: vários temas e campos de pesquisa envolvendo o binômio ‘internet e saúde’; a poli mídia a favor da pesquisa; e, questões éticas sobre pesquisas em ambientes virtuais e o direito à privacidade”, conta a coordenadora.
A professora ainda comenta que participou da Oficina “Metodologias de pesquisa na perspectiva da educação popular”, que abordou as diversas metodologias participativas para a realização de pesquisas na perspectiva da Educação Popular e Saúde e as possibilidades de aplicação nos formatos presencial, virtual e híbrido.
“O objetivo da principal da oficina foi apresentar várias possibilidades para a realização de pesquisas no campo da Saúde Coletiva e como desenvolver instrumentos para sua realização”, conclui Gisele.
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