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O que pré-vestibulandos devem conhecer sobre o Código de Ética Médica
Publicado em 17/10/2025
por Goya Conteúdo Agência

Quem escolhe a Medicina como profissão certamente sabe que, mais do que uma graduação, ela representa um compromisso com a vida e com o cuidado das pessoas. Por isso, conhecer o Código de Ética Médica (CEM) é essencial, mesmo antes de iniciar o curso.
Esse documento orienta a conduta dos profissionais da área e ajuda a compreender o dia a dia de ser médico. Para quem está se preparando para o vestibular, entender a dimensão humana e ética da Medicina é tão importante quanto dominar disciplinas como Biologia ou Química.
O CEM apresenta os princípios, responsabilidades e limites que norteiam o exercício da profissão, mostrando que a prática médica exige, além de conhecimento técnico, empatia, respeito e sensibilidade.
Ao se familiarizar com o Código de Ética Médica ainda antes da graduação, o futuro estudante tem a oportunidade de construir uma visão mais consciente e alinhada às expectativas da carreira médica e de se preparar melhor para os desafios que ela impõe.
Pensando nisso, o blog do UNIFAGOC revisitou o Código de Ética Médica para explicar o que os pré-vestibulandos precisam saber sobre o documento e como estudá-lo com atenção e propósito. Confira!
O que é o Código de Ética Médica?
Com nova versão em vigor desde 2019, o Código de Ética Médica é o documento que orienta a conduta dos médicos em todas as suas atividades profissionais, sejam elas clínicas, acadêmicas, científicas ou administrativas.

Elaborado e constantemente atualizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o CEM foi instituído pela Resolução CFM nº 2.217/2018, com base em uma ampla revisão nacional que envolveu milhares de médicos, professores, pesquisadores e representantes da sociedade civil. Confira o documento completo aqui.
A versão atual reflete as mudanças do mundo contemporâneo, incorporando temas como tecnologia, redes sociais, relações de trabalho e respeito à diversidade, que são pontos fundamentais para o profissional do futuro.
Ainda, vale destacar que o documento é composto por 26 princípios fundamentais, além de normas que tratam dos direitos e deveres dos médicos, da responsabilidade profissional, dos direitos humanos, do sigilo médico, da pesquisa e do ensino, e de aspectos éticos da publicidade e da comunicação.
Por que o pré-vestibulando deve conhecer o CEM?
Se você é do time de candidatos ao curso de Medicina que associam a formação apenas ao domínio técnico e científico, isso precisa mudar o quanto antes para que você não se frustre durante a formação.
A prática médica exige algo que vai além do conhecimento: a responsabilidade ética. E é por isso que entender os fundamentos do Código de Ética antes mesmo de ingressar na faculdade ajuda o futuro médico a construir uma base sólida para sua atuação profissional.
Ao ler o CEM, o estudante compreende que a Medicina não é um campo de interesses individuais, mas uma profissão de confiança pública, em que cada decisão pode impactar vidas.
Essa consciência é essencial desde o início da formação. Afinal, isso prepara o aluno para lidar com dilemas éticos, situações-limite e relações humanas complexas.
Além disso, quem já chega à graduação com essa visão ética desenvolve uma postura mais crítica e empática em sala de aula, nas atividades práticas e nos estágios, demonstrando maturidade e compromisso com o bem-estar coletivo. E essas são qualidades muito valorizadas no meio médico!
Os pilares do Código de Ética Médica
O CEM é dividido em capítulos que tratam de diferentes dimensões da prática médica. Entre os temas centrais, alguns merecem destaque para quem está começando a se preparar para essa carreira:
1. Princípios fundamentais
Logo no primeiro capítulo, o Código de Ética Médica estabelece que a Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade, devendo ser exercida sem discriminação de qualquer natureza.
O médico deve agir com o máximo de zelo, aprimorar continuamente seus conhecimentos e atuar sempre em benefício do paciente, mesmo após a morte. Como pontua o artigo IV, “Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão”.
A prática médica jamais deve ser tratada como comércio. Outro ponto importante, destacado no artigo X, “O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa”.
Ainda, a prática médica deve ser guiada pela autonomia, pela dignidade e pelo respeito à vida. Esses são apenas alguns dos princípios fundamentais que aparecem no CEM.
2. Direitos e deveres do médico
O Código de Ética Médica assegura aos médicos o direito de exercer sua profissão com liberdade e sem discriminação, mas também impõe o dever de agir com responsabilidade, competência e honestidade.
É dever do médico denunciar condições de trabalho indignas, respeitar o sigilo profissional, e não permitir que interesses financeiros ou políticos interfiram nas decisões clínicas.
Vale destacar ainda, como mostra o artigo IX do capítulo de direitos e deveres, que é válido “Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência”.
3. Responsabilidade profissional
O CEM reforça que a responsabilidade do médico é sempre pessoal e intransferível. Isso significa que ele responde diretamente pelos atos que realiza e não pode delegar a outros profissionais atividades exclusivas da profissão médica.
A negligência, a imprudência e a imperícia são condutas eticamente inaceitáveis e podem resultar em penalidades disciplinares.
4. Direitos humanos e respeito ao paciente
O Código de Ética Médica tem um capítulo dedicado aos direitos humanos, reafirmando o dever do médico de tratar todas as pessoas com respeito, sem discriminação de qualquer tipo.
É vedado ao médico desrespeitar a dignidade do paciente, realizar procedimentos sem consentimento ou ser conivente com práticas degradantes. Esses princípios reforçam que o cuidado médico deve ser integral, respeitando a autonomia, a privacidade e a vontade do paciente.
5. Sigilo profissional
Outro ponto central do CEM é o sigilo médico, que garante a confidencialidade das informações obtidas durante o exercício da profissão.
Mesmo após a morte do paciente, o médico deve manter o segredo profissional, salvo em casos previstos em lei. Essa regra é essencial para preservar a confiança na relação médico-paciente.
6. Ensino e pesquisa
O Código também orienta as práticas de ensino e pesquisa médica, estabelecendo que o aluno e o professor devem agir com respeito à dignidade humana, transparência e consentimento.
No caso das pesquisas, é obrigatório o termo de consentimento livre e esclarecido e o cumprimento das normas éticas nacionais, garantindo que nenhuma pessoa seja exposta a riscos desnecessários.
Ética começa antes mesmo de ingressar na graduação
Como vimos com os destaques do CEM, a formação médica não se resume ao estudo da anatomia, da fisiologia ou da farmacologia.
Desde os primeiros anos de curso, o estudante é introduzido a reflexões sobre a conduta ética, o sigilo, o respeito ao paciente e o uso responsável das redes sociais e das novas tecnologias. Esse é um compromisso que começa antes do jaleco branco
O Código de Ética Médica pode (e deve) fazer parte das leituras obrigatórias dos vestibulandos de Medicina. Afinal, é ele que vai ajudar na compreensão de que ser médico envolve ciência, mas também empatia, justiça, humildade e responsabilidade.
Ao conhecer o CEM ainda como pré-vestibulando, o futuro profissional já dá um passo à frente na construção de uma carreira pautada em princípios sólidos e se prepara para honrar o compromisso mais nobre da área: cuidar de vidas com integridade e humanidade.
Ainda, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina também incentivam a adoção do Código de Ética do Estudante de Medicina, um documento complementar que adapta os princípios do CEM à realidade acadêmica, orientando comportamentos em aulas práticas, estágios e pesquisas. Acesse aqui.
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