Ciência da Computação
Projeto de extensão conecta estudantes do UNIFAGOC e Escola Estadual para democratizar a tecnologia
Publicado em 18/07/2025
por Stéfany Peron
No primeiro semestre de 2025, os alunos do 1º período dos cursos de Ciência da Computação e Pedagogia do UNIFAGOC desenvolveram o projeto de extensão “Lógica Digital do Futuro: Construindo Mentes Inovadoras”, voltado para estudantes da Escola Estadual José Januário Carneiro. A iniciativa, contemplada pelo Edital de Fomento para atividades de extensão da instituição, teve como principal objetivo democratizar o acesso à tecnologia.
Sob a orientação da professora Ana Amélia Pereira de Souza, os alunos Nathan Machado Paschoalino e Raphael de Paula Erbiste coordenaram atividades que trouxeram a gamificação como recurso para aproximar os jovens do universo da computação de forma lúdica e engajadora. Nathan destacou os desafios enfrentados durante o projeto e compartilhou sua experiência.
“No primeiro dia, senti um ‘frio na barriga’, mesmo já tendo anos de sala de aula como professor de inglês. Muitos alunos, entre 13 e 14 anos, sequer sabiam acessar o e-mail institucional. Ao invés de iniciar com teoria, propus um jogo para despertar a curiosidade deles”, contou.
O jogo consistia em descobrir a idade do professor por meio de um algoritmo, o que despertou perguntas como: “Mas o que é isso? Algoritmo?”. Nathan aproveitou o momento para introduzir conceitos fundamentais como algoritmo, código e linguagem computacional, utilizando também seu conhecimento em inglês para facilitar a comunicação dos termos básicos necessários no mundo computacional.
Para ele, o desenvolvimento do projeto de extensão foi uma experiência transformadora já no primeiro período do curso. Esse tipo de ação demonstra a importância da extensão universitária como uma ponte entre a academia e a sociedade.
“Quando a Computação dialoga com a Pedagogia, rompemos estereótipos. Mostramos que jovens de escolas públicas não só dominam tecnologia, como inovam nela. E que a universidade, ao se abrir para essas vozes, não ensina, aprende. Aprendemos que ensinar é, acima de tudo, escutar”, afirmou.