Medicina

Alunas de Medicina representam o UNIFAGOC na 62ª Assembleia Geral da IFMSA Brazil, em Salvador/BA

Publicado em 09/05/2025
por Aline Ceolin

 

As estudantes Paula Vitória Dias Calderano e Marina Santos Carmo Giacomini, ambas do 4º período do curso de Medicina do UNIFAGOC, participaram da 62ª Assembleia Geral da IFMSA Brazil (International Federation of Medical Students’ Associations), realizada entre os dias 30 de abril e 4 de maio, em Salvador/BA.

 

O evento reuniu mais de 300 acadêmicos de Medicina de todo o Brasil e teve como tema central a saúde da população negra.

 

A participação marcou a retomada do status de comitê pleno para o IFMSA Brazil – UNIFAGOC, permitindo que o grupo volte a ter direito de voz e voto nas decisões da organização, além de viabilizar a participação em intercâmbios nacionais e internacionais, bem como o recebimento de estudantes de outros países.

 

RETOMADA DO COMITÊ E APOIO INSTITUCIONAL

 

Segundo Paula, a ida ao evento teve propósito claro: “O objetivo de irmos na 62ª AG da IFMSA Brazil foi de concretizarmos o nosso processo de retomada do status de comitê pleno para o UNIFAGOC, este que é o maior ‘status’ que um comitê pode ter dentro da IFMSA Brazil. Isso nos permite ter direito de voz e voto dentro dos momentos de decisão sobre o futuro da IF, além de pleitearmos intercâmbios e também recebermos intercambistas do Brasil e do mundo todo”.

 

A acadêmica ainda destaca o apoio recebido da Instituição.

 

“A oportunidade de comparecer a esse evento de tamanha significância surgiu por meio de auxílio financeiro do UNIFAGOC, especialmente por mediação do pró-reitor de Ensino e Desenvolvimento Institucional, professor Marcelo Daibert, e do diretor do curso de Medicina, Dr. Filipe Andrade, que nos apoiaram e defenderam nossa causa”, afirma Paula.

 

 

VIVÊNCIA TRANSFORMADORA

 

Para Calderano, a experiência foi impactante em diversas dimensões.

 

“Estar nesse evento de proporção nacional foi algo que abriu meus olhos para outras realidades, culturas e para a saúde da população negra, que foi o tema desta 62ª AG. Pude perceber a magnitude da IFMSA Brazil como instituição que visa ajudar na formação de médicos mais responsáveis. Voltei cheia de ideias para aplicar na nossa comunidade. Além disso, vale ressaltar que este evento foi de ótima valia para construção de relações, ‘networking’, uma vez que reuniu mais de 300 pessoas, dentre estudantes de medicina e médicos de todos lugares do país”, destaca Paula.

 

Já Marina reforça: “A principal motivação foi a reestruturação do comitê da IFMSA em nossa faculdade e o retorno da possibilidade da realização de intercâmbios”. A aluna também destaca um dos pontos altos da programação: “Os momentos mais marcantes foram as palestras de profissionais da saúde negras sobre o racismo estrutural na educação médica e na atuação no sistema de saúde”.

 

 

“⁠A convivência com outros alunos foi extremamente enriquecedora. Foi possível realizar networking com futuros colegas de profissão e aprender como os outros comitês atuam com suas respectivas comunidades pelo Brasil”, comenta Marina.

 

ATIVIDADES E APRENDIZADOS

 

Durante os cinco dias de evento, as estudantes participaram de discussões sobre saúde pública, encontros regionais, plenárias decisivas e capacitações.

 

“Pude participar das mais variadas atividades, como sessões para discussão de diversos temas de saúde pública, capacitações  para exercer os preceitos da IFMSA Brazil dentro do nosso comitê local, momento de encontro com nossa regional, que engloba os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, momento científico, palestras sobre saúde da população negra e o estado de precarização da educação médica no país, além das plenárias, que são a parte mais importante das AG’s, onde é discutido e votado o futuro da IFMSA Brazil”, relata Paula.

 

Marina complementa que a vivência contribuiu de forma significativa para sua formação pessoal e profissional.

 

“Aprendi a importância do desenvolvimento da humanização e da empatia nos alunos de Medicina, para que estes sejam valores dos futuros médicos. Seja por meio da discussão de temas relevantes dentro da faculdade ou de ações com a comunidade, é imprescindível que nos preocupemos com as mazelas sociais presentes em nossa sociedade, sobretudo aquelas relacionadas à saúde”, destaca Giacomini.

 

 

REESTRUTURAÇÃO DO COMITÊ NO UNIFAGOC

 

Com o status de comitê pleno reconquistado, o grupo local da IFMSA Brazil no UNIFAGOC planeja retomar suas atividades com força total.

 

“Agora, após termos conquistado esse status e podermos ter estado com comitês do Brasil todo, voltamos cheias de ideias para aplicarmos na nossa comunidade, a fim de produzir benefícios locais”, afirma Paula.

 

Marina também aponta caminhos: “Essa participação permitiu a coleta de diversas ideias para futuras ações sociais, exemplos de maneiras de seleção e treinamento de novos membros e inspiração para o retorno da realização de intercâmbios”.

 

CONVITE À PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL

 

Por fim, Marina deixa recado para os colegas interessados em fazer parte da IFMSA.

 

“Aqueles que se interessarem em participar da IFMSA devem estar preparados para se dedicarem ao comitê e assumir responsabilidades, mas sempre com a consciência de que serão recompensados por suas ações e seu trabalho por meio de desenvolvimento pessoal, network, aprendizado e evolução como profissionais na área da saúde”, afirma Marina.

 

 

COMPROMISSO COM MEDICINA MAIS HUMANA

 

A participação das alunas na 62ª Assembleia Geral da IFMSA Brazil é um marco na trajetória do comitê local e reforça o compromisso do UNIFAGOC com a formação de médicos humanizados, críticos e engajados socialmente.

 

“Para minha formação, ressalto o aprendizado sobretudo como humana, virtude indispensável para profissional da saúde. Estar com diversos estudantes e médicos nessa experiência de imersão social, sem dúvidas abriu meus olhos para as vulnerabilidades que, muitas vezes, passavam despercebidas, o que acredito que me acrescenta como profissional, uma vez que, mesmo dominando todas as técnicas, não há um bom médico se esse não tiver alma humana”, ressalta Paula.

 

Ao ampliarem seus horizontes e trocarem experiências com estudantes de todo o país, Paula e Marina voltam com novos olhares e projetos que certamente impactarão a comunidade acadêmica e a população local.