Médica formada pelo UNIFAGOC é aprovada em residência de Saúde de Família no Rio de Janeiro

Publicado em 11/07/2024
por lsb
A ex-aluna fala sobre sua aprovação, trajetória, preparação, monitoria e o UNIFAGOC.

 

A médica formada pelo curso de Medicina do UNIFAGOC doutora Joyce Fernandes, foi aprovada em dois programas de residência médica na área de Saúde de Família, na pró residência de Medicina de Família da UERJ e na residência da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

 

Joyce afirma que optou ingressar na residência da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, por ser um dos melhores programas de Medicina de Família do país e por já ter feedback de alunos, ex-alunos e preceptores que integram a residência.

 

Optei também por fazer em uma cidade maior, por ter feito a faculdade em cidade menor. Estou bem satisfeita e muito feliz onde estou. Realmente, tudo que estou aprendendo, tenho certeza que será muito importante na minha vida daqui para a frente”, relata a médica.

 

residência médica é uma modalidade de ensino em que os médicos são submetidos, após a graduação, sob forma de curso de especialização. Nos programas de residência, os profissionais exercem atividades em instituições de saúde como hospitais-escolas, sob a orientação de médicos especialistas.

 

Quando soube da aprovação fiquei extremamente satisfeita. A minha família e meus amigos, que sabiam da minha vontade de fazer residência no Rio de Janeiro, também ficaram muito felizes. Maria Augusta e a France demosntraram muita satisfação e isso me deixou bem feliz, pois elas foram alicerce para tudo isto que estou vivendo agora”, descreve a egressa.

 

TRAJETÓRIA

 

Joyce conta que iniciou o curso de Medicina no UNIFAGOC aos 32 anos, se formando aos 37 e que fez a graduação após dez anos de ter feito o curso de Direito e passado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

Quando iniciei o curso de Medicina, as minhas perspectivas eram outras, eu queria fazer outro tipo de residência. Ao longo do curso isso mudou muito, mas vi que realmente eu tinha amor especial pela atenção primária e por cuidados paliativos. A faculdade para mim foi difícil, um tanto dolorosa e tortuosa, tive perdas pessoais ao longo desses seis anos. Talvez por ter feito o curso mais velha, foi pesado em alguns pontos. Então, chegar ao fim da faculdade, já foi uma grande vitória. Fiz a prova de residência sem muita expectativa. E acabei passando em duas residências”, relata a ex-aluna.

 

Um momento que Joyce destaca de sua trajetória é a participação com o presidente de Liga de Saúde Coletiva e Cuidados Paliativos.

 

Fizemos Simpósio Multidisciplinar dessas matérias que foi muito interessante com relação a organização, escrevi resumos, não cheguei a publicar nenhum artigo porque foi pouco tempo, mas fiz algumas publicações acadêmicas enquanto monitora da Saúde coletiva, que foram quatro anos, e também na iniciação científica”, comenta Joyce.

 

PREPARAÇÃO

 

A egressa explica que sua preparação para a residência foi feita basicamente durante os seis anos de faculdade, pois no último ano tinha um planejamento de estudos, mas não conseguiu faze-lo completamente. Joyce fez muitas questões, pegou provas antigas das instituições que fazia e estudou bastante.

 

Um ponto muito importante a ser destacado e que acredito ter sido essencial para a minha aprovação, o fato de ter sido monitora de Medicina de Família e Comunidade. Isso teve impacto extremamente positivo na minha formação e por ter tido a Maria Augusta e a France como as minhas ‘chefes’ durante esse período de quatro anos. Sempre estudava assuntos que estavam em voga, importantes para as provas de residência. Sempre tem mudanças e eu estava sempre estudando para poder dar monitoria para os alunos do primeiro período, e isso para mim foi muito importante”, ressalta a médica.

 

MONITORIA

 

A professora da disciplina de “Saúde Coletiva” do curso de Medicina do UNIFAGOC, France Araujo Coelho, conta que a Joyce foi monitora das disciplinas de Saúde Coletiva durante quase todo curso e que foi grande orientadora dos colegas, pois os ajudava a estudarem para as provas da disciplina, participava dos projetos de extensão comunitária e com isso, ganhou bagagem teórica e prática muito grande no âmbito da Saúde Coletiva, que com certeza contribuiu para sua aprovação.

 

Sou professora da disciplina de Saúde Coletiva junto com a Maria Augusta que ministra a disciplina de Medicina de Família e Comunidade. Desde os primórdios do curso, nós incentivamos muito os alunos a atuarem e fortalecerem a atenção primária e a valorizarem a medicina de família. Então, é muito gratificante para nós quando temos um aluno que segue aquilo que incentivamos ao longo do curso, mesmo sendo uma área que geralmente não é a grande preferência do aluno de Medicina”, relata France.

 

Joyce ainda destaca que o contato que teve com Maria Augusta e France, teve grande impacto tanto em sua formação profissional, como pessoal.

 

Elas me mostraram um lado da saúde que eu não tinha noção. A questão da defesa do SUS que mostram e ensinam desde o primeiro período, para mim foi bem impactante. Não sei se daqui para a frente, quando me formar, vou trabalhar no SUS, hoje faço a residência que é pelo Sistema Único de Saúde. Mas vivermos tudo isso, foi extremamente importante até na minha decisão de onde fazer a minha residência”, aponta a médica.

 

France diz que o auxilio que Maria Augusta e ela deram para a Joyce durante a preparação para esta residência, foi o incentivo e a atuação na monitoria, pois, por meio da monitoria das disciplinas de Saúde Coletiva, fez com que ela estivesse muito familiarizada com os conteúdos e eles se tornassem conteúdos fáceis para a aluna, como a parte de legislação, que geralmente os alunos de Medicina tem certa resistência.

 

Para a Joyce que esteve em contato com esse conteúdo durante praticamente toda a sua formação, foi um grande diferencial, pois aquilo que era difícil para os outros colegas, para ela já era algo corriqueiro e familiar. Os temas de saúde coletiva para a Joyce, foram certamente um diferencial, e ela ter estado conosco, tão próxima de nós, professora da saúde coletiva, certamente ajudou nessa aprovação”, conta a docente.

 

UNIFAGOC

 

A ex-aluna, que é da quarta turma, diz que quando entrou na faculdade o curso era novo, então viu muitas evoluções positivas no UNIFAGOC, tanto na estrutura física quanto no corpo docente.

 

O Laboratório de Simulação Realística foi algo bem bacana que o UNIFAGOC fez. As salas na nova parte da faculdade estão bem legais também, cheguei a pegar o finalzinho daquilo ali. Acredito que isso terá impacto muito grande, pois ter práticas em um ambiente daquele, dá mais experiência de como é a vida real, obviamente não é a mesma coisa. Mas acho que o Real Lab foi um ganho gigantesco para a instituição e para os alunos”, afirma Joyce.

 

France aponta que o mercado para o profissional médico ainda é muito bom e que o médico de família, com especialidade, é uma raridade ainda.

 

Temos muitos profissionais atuando na medicina de família que não são médicos de família. A atuação da Joyce na medicina de família com essa especialidade, certamente vai abrilhantar ainda mais o desempenho dela como médica e vai beneficiar, com toda certeza, a comunidade que estiver recebendo o seu atendimento”, afirma a docente.

 

A médica formada pelo curso de Medicina do UNIFAGOC, doutora Joyce Fernandes em atendimento.