Psicologia

Psicologia na Cozinha: aluna da Psicologia UNIFAGOC lidera Oficina de Culinária que conecta sabores e saúde mental para jovens do ensino médio

Publicado em 19/11/2024
por Aline Ceolin

 

A estudante do 10º período do curso de Psicologia do UNIFAGOCMaria Inês Aparecida Leite, está à frente de projeto inovador de oficina de Culinária para alunos do 1º e 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Eunice Weaver.

 

Com o objetivo de fomentar a aprendizagem prática, a oficina visa desenvolver competências sobre o processo produtivo, promover a compreensão das normas básicas para a criação de uma empresa e explorar comportamentos éticos e profissionais fundamentais para a entrada no mercado de trabalho.

 

Além das habilidades técnicas, a oficina busca construir laços interpessoais e fortalecer as relações emocionais dos adolescentes, tanto entre si quanto consigo mesmos.

 

A oficina produz construções proativas do trabalho em equipe, as relações pessoais e emocionais desses adolescentes uns com os outros, e com eles mesmos. No sentido de fomentar seu aprendizado, nas trocas dos saberes empíricos construídos na história de suas famílias, e, contudo, o aprendizado do currículo de aprendizagem de ensino. Bem como, veem expressar suas emoções e para o bem-estar na sua saúde mental”, explica Maria Inês.

 

ORIGEM DA OFICINA

 

A ideia da oficina de Culinária surgiu a partir da vivência de Maria Inês como professora das disciplinas Projeto de Vida e Introdução ao Trabalho para o ensino médio, modalidade integral.

 

Em conversas com os alunos e com colegas, como a professora Cláudia, do curso de Pedagogia do UNIFAGOC, Maria Inês identificou que os estudantes sentiam cansaço e frustração por passar o dia inteiro na escola e demonstravam interesse em atividades práticas e integradoras.

 

A partir de uma pesquisa feita com os próprios estudantes, a oficina de culinária foi a mais votada. Com a autorização do diretor Fred, da coordenadora Marta e do coordenador do ensino médio, Maria Inês iniciou o projeto, que se propõe a unir os interesses dos alunos com conteúdos acadêmicos, proporcionando experiência educativa completa e envolvente.

 

TRABALHO EM EQUIPE

 

Para a realização da oficina, Maria Inês contou com o apoio de equipe multidisciplinar que colaborou em diferentes frentes do projeto. Desde a aprovação dos insumos com Carla, responsável pelo financeiro, até o suporte das assistentes Walneide, Silvana e Cátia na escolha dos ingredientes, a oficina envolveu professores, como Yuri, que ajudou na orientação dos estudantes, e os próprios alunos, que participaram ativamente de todas as etapas da produção.

 

A oficina foi um trabalho em equipe, e os alunos do 1º e 2º ano aplicaram as práticas, enquanto alunos do 3º ano e professores participaram como degustadores. Contamos com a supervisão de Marta e com o auxílio da professora Alessandra para coordenar as atividades dos alunos”, comenta Maria Inês.

 

 

PSICOLOGIA APLICADA NA PRÁTICA

 

Os conhecimentos adquiridos por Maria Inês no curso de Psicologia do UNIFAGOC foram fundamentais para o desenvolvimento da oficina. Aulas de metodologia e pesquisa, bem como disciplinas voltadas para psicologia institucional, contribuíram para o planejamento e execução de cada ação.

 

Livros como Psicologia Institucional de Marlene Guirado e Psico-Higiene de José Bleger serviram como referência teórica para a aluna entender e lidar com os desafios emocionais e sociais dos alunos. A observação e a escuta ativa foram habilidades essenciais que aprendeu e pode aplicar ao longo do projeto.

 

Considero fundamental aplicar, ainda na graduação, conhecimentos teóricos em atividade prática como essa, pois nos tira da zona de conforto, para mudar construções que achamos certas e adequadas para uso da prática, a se pautar sobre a realidade do contexto da sua história cultural ocorre atividade”, afirma a estudante.

 

PRÓXIMOS PASSOS E APRENDIZADOS

 

oficina de Culinária ainda está em andamento e deverá continuar até o final do ano letivo, incluindo uma pesquisa de satisfação entre os alunos para avaliar a possibilidade de continuidade em períodos escolares futuros.

 

Maria Inês destaca que o projeto representa desafio constante, pois busca adaptar as atividades conforme o perfil de cada grupo de alunos e melhorar continuamente o método de ensino.

 

Aprendi que ser humana é aceitar que erros fazem parte do caminho. O projeto foi realizado não para mim, mas para os alunos, que acreditaram que algo assim poderia acontecer. Eles confiaram e abraçaram a ideia, e esse protagonismo deles foi o que tornou tudo possível”, comenta a acadêmica.