Conheça o Comitê de Ética no Uso de Animais e o Biotério UNIFAGOC e suas contribuições para projetos acadêmicos
Publicado em 11/07/2024
por lsb
Formada em março de 2017, a Comissão de Ética no Uso de Animais do UNIFAGOC (CEUA) constitui colegiado interdisciplinar, independente, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criado para defender os atos de abuso e/ou crueldade, primando por manter posturas de respeito ao animal como ser vivo e pela contribuição científica que ele proporciona dentro dos padrões ético e legal.
O Comitê de Ética de Uso de Animais está homologado pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), pertence ao UNIFAGOC e presta atendimento às instituições parceiras.
OBJETIVO
A coordenadora do CEUA, Lívia Beatriz Almeida Fontes, explica que o Comitê tem por finalidade analisar à luz dos princípios éticos toda e qualquer proposta de atividade científica ou educacional que envolva a utilização de animais do grupo Chordata, sob a responsabilidade da instituição, seguindo e promovendo as diretrizes normativas nacionais e internacionais para pesquisa e ensino envolvendo tais animais.
“Esta comissão que foi criada segundo as orientações da Lei Arouca (Lei Nº 11.794, de 8 de outubro de 2008) tem como dever primordial a defesa do bem-estar dos animais em sua integridade, dignidade e vulnerabilidade, assim como zelar pelo desenvolvimento da pesquisa e do ensino segundo elevado padrão ético e acadêmico”, destaca a coordenadora.
Lívia afirma que se entende por uso: manipulação, captura, coleta, criação, experimentação (invasiva ou não-invasiva), realização de exames ou procedimentos cirúrgicos ou qualquer outro tipo de intervenção que possa causar estresse, dor, sofrimento, mutilação e/ou morte.
COMO FUNCIONA
Fontes explica que antes de qualquer atividade envolvendo um animal, o pesquisador ou professor deverá encaminhar a sua proposta ao CEUA por meio do preenchimento dos formulários contidos no site do UNIFAGOC, e só poderá iniciar a pesquisa ou atividade educacional envolvendo animais após a aprovação da Comissão, apresentada em forma de parecer.
“Cabe ainda ressaltar que a CEUA não tem por princípio a inibição do uso de animais, mas promover o uso racional deste recurso, buscando sempre o refinamento de técnicas e a substituição de modelos, que permitam a redução no uso de animais. A finalidade desta conduta é promover a constante melhora na eficiência do uso de animais seja na pesquisa, como no ensino ou extensão”, ressalta Lívia.
CONTRIBUIÇÃO
A coordenadora explica que o uso de animais em pesquisas e experimentos na área da saúde vem sendo aplicado há muitos anos, quase todos os remédios, dispositivos médicos, procedimentos cirúrgicos e terapias que se tem hoje foram obtidos por meio de testes e pesquisas em animais.
“Se você já tomou antibióticos, vacinas, fez transfusão de sangue, quimioterapia ou mesmo usa algum produto cosmético, provavelmente se beneficiou da pesquisa com animais. Apesar de possibilitar inúmeros avanços para a medicina e biologia, ajudando a entender o funcionamento do corpo, o mecanismo de diversas doenças e o desenvolvimento de novos medicamentos, ainda hoje o seu uso é alvo de intensos debates éticos”, aponta Fontes.
Com isso, Lívia afirma que o principal papel do CEUA é desenvolver trabalho educativo e de conscientização continuados, buscando permear e influenciar o comportamento das pessoas que utilizam animais em pesquisa e ensino.
IMPORTÂNCIA
A coordenadora destaca que a pesquisa científica, principalmente aquela relacionada a estudos clínicos e pré-clínicos, é parte importantíssima no desenvolvimento do aluno, por meio destes estudos o acadêmico pode aprender num contexto ainda mais amplo da área médica, com o acréscimo de conhecimentos teórico-práticos que não são alcançados, da mesma forma, em sala de aula convencional.
“Dá mais riqueza e versatilidade aos temas já conhecidos, especialmente daqueles relacionados aos estudos clínicos e pré-clínicos. Além disso, há grande importância destas pesquisas para o desenvolvimento social e o engrandecimento da sociedade. Se temos hoje a possibilidade de tratamento de diversas patologias, isso se deve principalmente aos pesquisadores que criam modelos de pesquisa, validam dados, os publicam e divulgam”, ressalta Fontes.
Desta forma, Lívia afirma que grande parte do conhecimento científico e tecnológico produzido no Brasil é oriundo das universidades e o UNIFAGOC, por meio de seus alunos, professores e pesquisadores, poderá contribuir com a realização de pesquisas científicas de impacto para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do país.
INTEGRANTES
O CEUA conta os seguintes membros titulares:
- Lívia Beatriz Almeida Fontes – Farmacêutica – Coordenadora
- Elaine Nery de Araújo – Médica Veterinária – Vice Coordenadora
- Alexandre Augusto Macedo Correa – Psicólogo
- Carla Quinhones Godoy Soares – Bióloga
- Victor Neiva Lavorato – Educador Físico
- Denise Coutinho de Miranda – Ciências Biológicas – Membro Suplente
- Elaine Marcatto de Teixeira Ervilha – Rep. De Sociedade Protetora dos Animais
Integram o CEUA como membros suplentes:
- France Araújo Coelho – Enfermeira
- Ana Paula Mussi Guimarães – Bióloga
- Gustavo Leite Camargos – Educador Físico
- Gisele Aparecida Fófano – Enfermeira
- Maria Augusta de Coutinho Andrade de Oliveira – Enfermeira
SERVIÇO
A Comissão de Ética no Uso de Animais do UNIFAGOC está situada no pavimento 01 da instituição, localizada na Rua Dr. Adjalme da Silva Botelho, nº: 549, bairro Seminário.
O contato pode ser feito pelo telefone (32) 3539 5600, ramal 278 ou por meio do email ceuacoord@unifagoc.edu.br.
BIOTÉRIO
O Biotério do UNIFAGOC é a instalação destinada à produção e manutenção dos animais para atender às necessidades dos programas de pesquisa e de ensino, propiciando qualidade nos estudos experimentais. É local onde os animais são conservados em condições controladas, para posteriormente ser utilizados em diferentes áreas da ciência.
O profissional responsável pelo Biotério é o Médico Veterinário e neste espaço do UNIFAGOC, Elaine Nery de Araújo, é a atual Veterinária responsável técnica e explica que no Biotério os técnicos e pesquisadores executam procedimentos padronizados de acordo com as regras de biossegurança e com as investigações, com intuito de realizar estudos científicos. Os animais mais comumente utilizados nesses estudos são os camundongos, ratos e coelhos.
“Antes de iniciar qualquer projeto junto ao Biotério é importante que este seja enviado ao Comitê de Ética na Utilização de Animais (CEUA) do UNIFAGOC, com o objetivo de manutenção da saúde e bem-estar dos animais. Após a aprovação junto ao CEUA, os animais adquiridos passam por período de quarentena, mantendo em temperatura, luminosidade e alimentação controladas, além das caixas limpas. Após este período os animais estão aptos a participar dos estudos ou aulas práticas”, explica Elaine.