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Alunos de Jornalismo debatem sobre o referendo do dia 23

Publicado em 20/10/2005
por Developer Unifagoc


Os alunos do 2º período de Jornalismo da Fagoc realizaram, no dia 14 de outubro, um debate sobre o referendo que acontece em todo o país no dia 23, domingo, para decidir se “o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil”. A turma se dividiu em dois blocos, pelo SIM e pelo NÃO.

O debate foi dirigido pela professora e também coordenadora do curso, Taís Alves. Cada equipe teve 10 minutos para fazer a apresentação e explicar o porquê da opção.

Após um sorteio, a equipe que defendeu a proibição da comercialização, representada pelo aluno Luís Carlos, fez uma encenação, mostrando que uma garrafa pode virar uma arma. “Arma mata, arma destrói, arma fere. É por isso que acredito que temos que dar um basta nesse caos de violência, dizendo sim à vida, sim a um mundo melhor”, ressaltou Luís Carlos, no momento da apresentação.

Em seguida, os alunos Rui Gonçalves Leite e Rafaela Namorato fizeram a defesa do comércio de armas, usando como argumentos as estatísticas. “Não é a proibição de armas de fogo que vai salvar o país. Armas vão continuar no Brasil, porque quem as possui são os comandos de tráfico. Desarmar a população é induzir mais violência”, destacou Rui.

Segundo Taís, é muito proveitoso para os alunos realizar debates como este. “Discutimos um tema atual, que o Brasil inteiro está discutindo. O aluno tem a oportunidade de se posicionar e também de convencer os colegas de sala sobre certa opinião, apresentando vários pontos de vista. Esses são assuntos de Jornalistas, do curso de Jornalismo e isso é muito importante para a formação dos profissionais”, explicou a professora.

Comunidade Fagoc opina sobre o referendo

A Agência de Noticias da Fagoc (ANF) entrevistou algumas pessoas que estudam ou trabalham no campus, para saber a opinião delas sobre o referendo. A enquete foi realizada com dez pessoas, dentre diretores, coordenadores, funcionários e alunos, para falarem sobre o referendo que acontece no próximo domingo, 23 de outubro, quando a população vai decidir se é contra ou a favor da comercialização de armas no Brasil.



  • “Sou a favor, pois os acidentes domésticos têm sido constantes e isso deve acabar. Outra questão é que as armas induzem as pessoas de bem a praticarem o crime na hora da raiva, num momento impensado.” – Lana Dias de Almeida, recepcionista da Fagoc.





  • “Sou contra, porque acho que quem está bancando essa campanha são as fábricas de armas. Inclusive esta semana, as ações da bolsa de valores subiram muito, e eu não estou a fim de bancar fábricas de armas.” – Elbert José Batista, 6º período de Ciência da Computação.





  • “Sou a favor, acredito que o ser humano não precisa andar armado, não é necessário, porque o argumento é a arma maior que nós temos. Acredito que serão armas a menos no Brasil, apesar do bandido continuar tendo armas, a diferença que existe é que nós, não estando armados, não iríamos reagir ao assalto, o que vai diminuir as mortes em assaltos principalmente.” – Paulo Veloso, coordenador do curso de Administração de Empresas.





  • “Sou contra, porque vivemos em um país em que não há justiça, nossa justiça não funciona, ela é morosa, ela é lenta, ela é parcial. È uma justiça que não nos convence que ela é justa. Desarmar o cidadão e deixar o bandido armado é uma coisa muito complicada, porque nós ainda não temos uma cultura que nos permite viver com tranqüilidade numa situação desta.” – Pedro Paiva, coordenador do curso de Educação Física.





  • “Sou contra, vou votar no não. Porque eu acho que quem faz a propaganda do sim são só as pessoas ricas, artistas, que moram em condomínios fechados com total segurança, por isso elas não precisam de ter uma arma. Enquanto a população precisa de se defender. Se os bandidos, mesmo não sabendo se você tem ou não uma arma, já fazem o que fazem, imaginem se souberem que não temos, vai ficar pior ainda.” – Aparecida Rezende Mendes, funcionária da Fagoc.





  • “Sou contra, porque eu acho que votando sim ou não nada vai mudar. Na minha opinião isto está sendo uma perda de tempo. Para não mudar nada, é melhor deixar do jeito que está.” – Antônio César Barbosa, 2º período de Jornalismo.





  • “Sou contra, não tem que acabar com a comercialização, porque o comercio não tem nada a ver com o que está acontecendo hoje, na questão da violência. Não sou a favor das armas, mais também não sou a favor da proibição, porque acho que compra e vende quem quiser, cada um sabe utilizar armas da melhor maneira que lhe cabe.” – Juão César Alencar de Oliveira, aluno do 6º período de Educação Física.





  • “Sou contra, por entender que o governo não pode tirar o meu direito de me defender. Principalmente numa situação em que ele tem se mostrado extremamente incapaz de me representar nesta questão.” – Clécio Giordi, diretor administrativo e financeiro da Fagoc.





  • “Sou contra a proibição, pela falsa ideologia do referendo. Sabemos que o desarmamento já foi votado pelos parlamentares, hoje, pela lei não podemos mais andar armados. A questão agora é a comercialização, e se não podemos mais adquirir uma arma, como votado pelos parlamentos na lei do desarmamento, para que o referendo?” – Silvia Carapeta, professora do curso de Educação Física.





  • “Sou contra, pela estrutura que temos em nosso país. Não temos a maior segurança, o Estado não cumpre seu papel. Com a proibição, a violência vai ficar ainda maior” – Eraldo Teixeira, professor de Administração de Empresas.



Repórter Roberta Barros, 4º período de Jornalismo, Monitora da Agência de Notícias da Fagoc – ANF.

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