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Educação Física: Estágios encaminham estudantes para o mercado de trabalho

Publicado em 31/10/2005
por Developer Unifagoc




Formandos de Educação Física da Fagoc. Turma faz estágios nas escolas da região

Reportagem especial do estudante
do 8º período de Jornalismo da Fagoc,
Marco José, publicada também na edição
de outubro do Jornal da Fagoc, informativo
impresso distribuído internamente no campus.

Rodrigo Arvellos está cursando o 6º período do curso de Educação Física da Fagoc. Para concluir a licenciatura, precisa cumprir uma carga horária de 400 horas de estágio. Sua opção foi trabalhar em uma escola municipal da cidade onde mora, São João Nepomuceno. Além do estágio, ele precisa cumprir 200 horas de “atividades complementares”. Como gosta de musculação e jiu-jitsu, desde já está adquirindo experiência, para que, ao se formar, tenha práticas também em academias de ginástica.

Já seu colega de sala, João César, pretende trabalhar com esportes de competição depois de formado, sendo treinador de atletas portadores de necessidades especiais. Por isso João já faz estágio na Apae de Ubá. “Foi trabalhando na Apae que descobri em que área atuaria na Educação Física”, afirmou o estudante.

O estágio, na Licenciatura em Educação Física da Fagoc, é supervisionado pela professora Roseny Maria Maffia. Ela explica que os estudantes podem escolher entre escolas municipais, estaduais ou particulares, atendendo à Lei de Diretrizes estabelecida pelo Ministério da Educação. “Já as ‘atividades complementares’ podem ser cumpridas em clubes recreativos, academias de musculação e instituições como a Apae, creches e asilos”, completa Roseny. Para isso, a faculdade firma convênios com estas instituições e orienta os estudantes.

De acordo com o coordenador do curso de Educação Física da Fagoc, Pedro Alves Paiva, as atividades complementares são de extrema importância para o conhecimento dos alunos: “É desta forma que eles fazem a complementação do ensino nas diversas áreas como projetos, cursos de extensão, pesquisas, na participação em eventos, simpósios e projetos sociais. Para completar as 200 horas, os alunos devem diversificar suas atividades, expandindo seus conhecimentos em áreas diferentes”.

Pedro afirma que, no estado de Minas, existe uma carência de 5 mil professores da área de Educação Física, segundo pesquisa realizada pelo Conselho Regional da categoria. “Será preciso mais dez anos para absorver todo o corpo docente formado nas instituições de ensino superior do estado. A empregabilidade é de 100%. Felizmente, há uma grande demanda de mercado para esses profissionais.”

De acordo com o coordenador, a Educação Física está sendo considerada a disciplina do milênio, pois está ligada à área de saúde. “Os hábitos alimentares e a pouca prática da atividade física estão causando sedentarismo na população. Isso está se tornando preocupante, pois pessoas de 30 a 35 anos já estão enfartando, o que normalmente acontece depois dos 60 anos. Isso demanda muito a necessidade do profissional de Educação Física para orientação dessas pessoas”.




A professora Roseny, supervisora dos estágios, e o coordenador do curso de Educação Física da Fagoc, Pedro Paiva. “Todos os nossos 158 ex-alunos estão empregados na área atualmente”, afirma Pedro.

Em 2003, 2004 e 2005, a Fagoc já formou 158 alunos no curso. “Todos eles estão empregados atualmente”, afirma Pedro, citando exemplos como os das ex-alunas Rosa Moreira, atual coordenadora do setor de Educação Física Especial de uma faculdade no Espírito Santo, Flávia Brandão, proprietária da academia ubaense Vox Populi, e Carla Dutra, que atualmente trabalha no Sesi de Ubá.
Para seus alunos e para aqueles que pretendem atuar na área, Pedro dá a lição: “quem pretende ser professor de Educação Física deve encarar o curso com responsabilidade, indo para instituições que tenham comprometimento sério com essas perspectivas de lidar com a saúde das pessoas. A Fagoc é uma instituição séria e tem a preocupação de formar profissionais críticos, conscientes e capazes de transformar a sociedade onde eles estarão inseridos, com profissionalismo”.

A partir de 2006, quem ingressar no curso da Fagoc poderá optar também pelo bacharelado. “O bacharelado é uma nova modalidade, permitindo que o vestibulando tenha duas opções: fazer licenciatura, para trabalhar em escolas, e bacharelado, para atuar na iniciativa privada ou como profissional autônomo”, explica Pedro.