UNIFAGOC
Estudantes e professores opinam sobre o uso do Linux nos laboratórios da Fagoc
Publicado em 17/06/2005
por Developer Unifagoc

Reportagem dos estudantes do
3º período de Jornalismo,
Albert Souza, Alessandra Daloz Imbelloni,
Lucilene Faria Fernandes e Roberta Barros.
Depois de um semestre de teste, já é possível saber o que a comunidade acadêmica da Fagoc está achando de trabalhar com o sistema operacional Linux nos computadores dos laboratórios de informática e da biblioteca. A mudança do Windows para o Linux aconteceu gradualmente, a partir de 2004, quando era possível optar pelo uso de um ou outro sistema em todos os laboratórios. Atualmente, esta possibilidade ainda existe no laboratório 3 de informática, mas o laboratório 1 tem apenas máquinas em Linux e o laboratório 2 está em manutenção e fora de uso.
“A tendência nacional é passar a usar o Linux, por ser um software aberto e gratuito. Hoje em dia, muitas faculdades deixaram de usar o Windows para usar o Linux, inclusive o MEC recomenda utilizá-lo.” Esta é a opinião do responsável pelo setor de Tecnologias da Informação da Fagoc, Rodrigo Leite Gomide.
Apesar das vantagens informadas por Rodrigo, há usuários do Linux na faculdade, sejam estudantes, professores e outros funcionários, que reclamam e rejeitam a mudança. Todos os quatro cursos da Fagoc oferecem alguma prática nos laboratórios de informática, que funcionam de 7h às 22h50, inclusive à tarde, com a presença de monitores.

Além dos alunos da faculdade, laboratórios são usados também para ensinar informática a crianças carentes de Ubá, pelo “Projeto de Inclusão Digital”. Na foto, crianças do bairro Pires da Luz têm aulas com estudantes de Ciência da Computação.
Para o professor de Computação Maurício Rodrigues Silva, alguns estudantes enfrentam dificuldades. “Muitos alunos não tiveram ainda aula de Linux. Principalmente os alunos de Jornalismo. Já os alunos de Computação, todos estão cientes da necessidade do Linux, buscando se atualizar”, ressaltou Maurício, que trabalha há dois anos e meio na faculdade.
De acordo com o monitor Wesley de Almeida, estudante do 5º período de Ciência da Computação, o primeiro contato com o sistema Linux é sempre difícil. “Na primeira utilização, a reação é muito desagradável e incompreensível. Com o passar do tempo, e com o número maior de utilizações, as pessoas perdem o medo e descobrem o quanto é legal o Linux”, afirmou o estudante, para em seguida completar: “O laboratório de informática é o local onde se re-descobre e conhece melhor o universo através do mundo digital”.
Segundo o coordenador do curso de Ciência da Computação, Luciano Eugênio de Castro Barbosa, os alunos do curso se mostram satisfeitos com o sistema. “Os alunos estão satisfeitos com o Linux, porque entendem que no mercado de trabalho este programa vai ser muito importante”, afirmou Luciano, que é Mestre em Computação pela UFMG.
Para ele, o problema maior é o espaço e os equipamentos para os alunos. “O número de laboratórios não é suficiente. Dois laboratórios estão funcionando atualmente e um está parado. Cada um possui em média 20 máquinas, uma quantidade excelente, de acordo com o MEC. O único problema é a falta deste laboratório que está em manutenção.” E já adianta as novidades para o próximo semestre: “estamos providenciando um novo laboratório; é um projeto de ampliação. Afinal, a demanda de alunos será maior em 2006”.
Os alunos também dão a opinião sobre o sistema Linux. O laboratório tem sido um dos locais mais usados pelos estudantes da faculdade, durante as aulas ou fora delas, para fazer seus trabalhos. Para o estudante do 1º período de Jornalismo, Gustavo Faria, o laboratório é essencial para as atividades que têm que ser feitas pelos alunos. “É aqui no laboratório que faço tudo que necessito, por isso acho que o laboratório não consegue atender a todos os alunos. Quanto ao Linux, não gosto, não sei mexer muito, só uso para internet, mas prefiro o Windows”.
