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Faculdade e maternidade: alunas da Fagoc falam sobre o desafio

Publicado em 09/05/2015
por Developer Unifagoc
“Não conseguia me imaginar estudando nessa nova fase da minha vida”, conta Daniela Teixeira, aluna do terceiro período de Comunicação Social da Fagoc. Ela descobriu que estava grávida assim que terminou o primeiro semestre da graduação, já em período de férias. A estudante confessa que o primeiro pensamento foi o de parar com os estudos.
 
Em busca de orientação, conversou com a responsável pelo Núcleo de Apoio Pedagógico – NAP – da faculdade, Adriana Mollica. “A Adriana conversou comigo várias vezes e decidi continuar”, comenta. Daniela assistiu até a última aula do segundo semestre. Em 9 de dezembro de 2014, nasceu João Miguel, seu filho. 
Ela conta que conciliar a maternidade e a faculdade não é uma tarefa fácil, mas que aproveita os momentos em que seu filho está dormindo para realizar os trabalhos do curso. “Por ser um bebezinho, ele precisa dos meus cuidados”, afirma Daniela. 

“Tanto os alunos quanto os professores e coordenador do curso, Raul Carneiro, 
me deram o maior apoio”, afirma Daniela que conta ainda  que a maior dificuldade é 
a hora de ir para a aula. “Mesmo sabendo que ele vai estar bem com meus pais, 
sempre tenho medo de que ele sinta minha falta”.

 

A aluna Kelliane Pereira também teve dúvida entre parar ou continuar a graduação por conta da maternidade. Em 2013, ela cursava Administração quando seu esposo passou em um concurso no Rio de Janeiro. “Eu trabalhava o dia inteiro, inclusive o final de semana. Com a distância do pai, percebi que, naquele momento, meu filho precisava de mim”, conta Kelliane. A estudante chegou a pensar em outras formas de conseguir se dedicar ao  filho Isaac, que na época tinha 4 anos, sem deixar a faculdade. Mas, ela acabou decidindo por trancar o curso.
 
Neste ano, Kelliane retomou os estudos na Fagoc. Ela conta que, atualmente, sua carga horária no serviço é de apenas meio período e que não trabalha mais no fim de semana. Além disso, seu marido, agora, trabalha duas vezes por semana e nos outros dias consegue ajudá-la no cuidado com o filho. Para Kelliana, o fato de seu filho já estar com 7 anos, também facilitou a decisão de voltar à faculdade.

    
“Quando chego em casa, meu filho está acordado me esperando. 
Sempre me pergunta como foi na faculdade. 
Ele me incentiva”, diz Kelliane. 

Já a aluna Quezia Netto, optou por começar a graduação quando seu filho  estivesse maior. “Quando me decidi por Jornalismo, meu filho tinha de apenas 3 anos. Comecei a faculdade quando ele estava com 8”, afirma a estudante do quinto período.
 
Ela conta que, mesmo seu filho não sendo muito novo, é um desafio conciliar a faculdade com as atividades maternas. “A maior dificuldade é a hora de fazer a tarefa”, comenta e explica que paga uma professora para orientar seu filho nas tarefas da escola. “Procuro sempre perguntar como estão os deveres”.
 
Nos períodos  de férias na faculdade ou trabalho, Quezia aproveita para estudar e pesquisar coisas referentes à graduação. “Tento usar as férias para colocar algum projeto que eu queira fazer e não tive tempo ou disposição com tanta coisa”, compartilha.

  
 “Tento não me cobrar muito.  Às vezes ele me pede: ‘Mãe, não vá à aula”.
Ele sabe que filho mais brigadeiro é tudo que a mãe quer”, brinca Quezia.