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Pesquisa traça o perfil do estudante de Jornalismo da FAGOC no período noturno
Publicado em 31/03/2005
por Developer Unifagoc
A mudança de turno do curso de Jornalismo da FAGOC ocorreu em janeiro de 2004. Desde então, três novas turmas ingressaram na faculdade, sendo uma em fevereiro de 2004, uma em agosto do mesmo ano e a terceira em fevereiro de 2005. Estão, portanto, no 1º, e 2º e 3º períodos do curso.
Com o objetivo de traçar um perfil destes novos alunos, foi realizada, nos dias 8 e 9 de março de 2005, uma pesquisa elaborada pelas professoras Ana Maria Reis e Luciana Mendonça de Melo e pela coordenadora do curso, Taís de Souza Alves. Os resultados obtidos servem de orientação ao corpo docente e à coordenação, visando a adequação do conteúdo das disciplinas à realidade sócio-econômico-cultural dos alunos e ao mercado regional de trabalho em Comunicação Social -Jornalismo.
A medição aconteceu através de questionário por escrito, que foi assinado e preenchido pelos discentes em sala de aula e imediatamente entregue à coordenação. Dos 56 alunos matriculados no curso noturno de Jornalismo, 43 participaram da pesquisa, isto é, 76,7% dos discentes.
Constatou-se, através da pesquisa, que 65% dos alunos têm menos de 24 anos de idade, 19% tem entre 25 e 30 anos e 16% tem mais de 30 anos. Apesar de, naturalmente, os mais jovens serem maioria, observa-se um número considerável de pessoas com mais idade.
Quanto à escolaridade, apenas 28% completaram o 2º grau recentemente (entre 2003 e 2005), 44% formou-se entre os anos de 1999 e 2002, 19% formou-se antes de 1998 e 9% não respondeu. A pesquisa revelou também que 88% dos participantes estão cursando o 3º grau pela primeira vez, mas 12% já ingressaram em um outro curso superior. Dos que ingressaram em curso superior antes dessa experiência na FAGOC, 80% se formaram, sendo que, 25% na área das Ciências Humanas.
Residem em Ubá 58% dos que responderam ao questionário. Os outros 42% moram em outras cidades da região. Quanto ao estado civil, a maioria é de solteiros (79%), sendo 19% de casados e 2% de divorciados. Também são maioria os que residem com a família (84%), sendo 16% os que moram com amigos ou sozinhos. Dos participantes, a maioria não tem filhos (84%); 16% tem.
Dentre as perguntas abertas do questionário estava a seguinte: “por que optou pelo jornalismo?” Aproximadamente a metade (51%) afirmou que foi por vocação, 14% por realização pessoal, 21% para profissionalização, 7% pela oportunidade, 5% não sabem e 2% não informaram.
A maioria dos participantes informou que ficaram sabendo da existência do curso de Jornalismo na FAGOC através de amigos (60%), sendo que outros 28% souberam através de publicidade e 12% através de marketing direto (carta recebida, visita da faculdade ao cursinho e visita dos alunos do cursinho à faculdade).
O tempo de dedicação ao curso, para 79%, não é integral, por trabalharem, mas para 21%, sim. Dos que trabalham, 32% exercem atividades que se relacionam direta ou indiretamente com o setor de comunicação. Já 65% dos alunos trabalham no comércio de Ubá e região, em média 8 horas ao dia. Dos que exercem atividade na área da comunicação, apenas 27% trabalham 4 horas diárias.
Perguntou-se ao aluno em que área do jornalismo ele se vê trabalhando daqui a quatro anos. Das respostas, 21% pretende trabalhar com jornalismo impresso, 28% com radio e telejornalismo, 9% com assessoria de comunicação e 42% não soube especificar.
“Há que se considerar que os entrevistados, por estarem matriculados nos períodos iniciais do curso, ainda não possuem exata noção do que essa graduação pode oferecer nem ao menos, uma visão mais ampla a respeito da área da comunicação. No entanto, esses dados poderão se mostrar eficazes quando comparados com os resultados de pesquisas futuras a serem realizadas ao longo da sua vida acadêmica”, afirmou a coordenadora do curso, Taís Alves.
Com relação ao local de trabalho, 53% pretendem trabalhar na região, 31% não e 16% não definiram. “Este é outro dado importante, pois mais da metade (53%) dos alunos matriculados no curso de Comunicação Social noturno não pensam em atuar fora da região assim que se formarem. Fica caracterizada a necessidade de adequação do conteúdo das disciplinas à realidade do mercado local. No entanto, não se pode prescindir que existam 31% do alunado com interesse em construir carreira em outras regiões, inclusive, em cidades de médio e grande porte. Dessa forma, a chamada “regionalização” do curso de Jornalismo na FAGOC deverá acontecer de forma consciente, de modo que não concorra e, sim, venha somar aos conteúdos já privilegiados: os aspectos amplos da comunicação, sua história e teorias; o jornalismo e as áreas conexas como fortalecedoras de conteúdo e embasamento crítico; do estudo e da análise das técnicas do jornalismo diário e de grande circulação”, completa Taís.
