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Professoras de Jornalismo se reúnem com estudantes para uma conversa sobre crônicas
Publicado em 11/10/2005
por Developer Unifagoc

As professoras de Jornalismo, Fernanda Magalhães e Taís Alves, que coordena o curso na Fagoc, participaram de uma conversa com os estudantes do 2º, 3º e 4º períodos, no último dia 05 de outubro, falando sobre crônicas. O assunto em pauta é tema da dissertação da professora Taís, que está fazendo mestrado no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, e foi o tema da dissertação da professora Fernanda, que concluiu, em 2002, seu mestrado em História da Cultura, na PUC/RJ.

A conversa sobre crônica aconteceu na sala do 2º período de Jornalismo, durante a aula da professora de Português, Carla Machado. Ela explica porque a idéia de reunir as professoras com os alunos. “A proposta de fazer essa conversa surgiu porque os alunos do 3º e 4º períodos estão estudando as crônicas, história e principais cronistas”, afirmou a professora Carla.
Fernanda Magalhães começou a conversa lembrando o grande escritor e cronista João do Rio, quando iniciou os seus trabalhos jornalísticos. “João do Rio teve uma importância imensa na imprensa, porque participou da inovação do jeito de se fazer jornalismo”. A professora destacou ainda, a forma de escrever do cronista. “O termo que usamos para denominar seu trabalho é crônica-reportagem. Apesar de não saber, suas crônicas tinham caráter jornalístico. Era um observador e escrevia sobre a realidade, diferente dos cronistas no inicio da imprensa”, ressaltou Fernanda. João do Rio escreveu durante 22 anos, em vários jornais, revistas e etc.

Uma hora depois, foi a vez da coordenadora Taís Alves falar sobre o cronista Zuenir Ventura. O escritor mineiro, formado em Letras, foi para o exterior para estudar Jornalismo, época que não existia no Brasil. Zuenir volta e transforma a imprensa com os conhecimentos adquiridos no exterior. Suas crônicas contam o contraste do Rio de Janeiro e a grande diferença das classes, entre as favelas e bairros nobres muito próximos, a realidade brasileira na década de 60.
“Zuenir passa 10 meses morando na favela de Vigário Geral, na época dos arrastões, uma semana depois da chacina da favela. Sua idéia era fazer uma grande reportagem, com a experiência de viver no lugar”, lembra Taís, para em seguida completar: “Zuenir escreve várias crônicas porque tem facilidade para escrever usando a realidade”, disse.
Para finalizar, Taís destaca: “Crônica é o espaço para soltar a imaginação, usando a realidade como principal ferramenta”. O livro-reportagem mais conhecido de Zuenir Ventura é “Cidade Partida”, sua experiência vivida na favela, que é divido em duas partes, uma como crônica e outra como reportagem. Atualmente escreve para o jornal O Globo e para o site www.nominimo.com.br.
Repórter Roberta Barros, 4º período de Jornalismo, Monitora da Agência de Notícias da Fagoc – ANF.
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