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Qual é o dia do jornalista?

Publicado em 11/09/2007
por Developer Unifagoc

Oficialmente o dia 24 de janeiro é Dia do Jornalista. A exemplo de outras categorias profissionais, usa-se a data do padroeiro da profissão, São Francisco de Sales para homenagear os profissionais do Jornalismo.

O dia da Imprensa era comemorado dia 10 de setembro. Mas a data mudou. 10 de setembro de 1808 foi quando circulou pela primeira vez a Gazeta do Rio de Janeiro, um periódico oficial que servia à Corte. Até esse ano, eram proibidas a circulação e a impressão de qualquer tipo de jornal. Porém, havia um jornal que antes da criação da Gazeta do Rio de Janeiro, já circulava clandestinamente: era o Correio Braziliense, produzido pelo jornalista Hipólito da Costa. Somente em 1999 foi reconhecido oficialmente como pioneiro na história da imprensa brasileira e foi criada uma lei que determinava a mudança do dia da Imprensa para 1o de junho.

Dia 7 de abril é o dia do Jornalismo. Seria interessante unificar o Dia da Imprensa do Jornalista e do Jornalismo num dia só, mas um dia de reflexão verdadeira dos problemas na imprensa e dos seus anseios.
Muitas pessoas pouco valorizam o trabalho deste profissional, que entra todos os dias em nossas casas levando a informação. O jornalista está constantemente presente nas vidas das pessoas. Mas quem são esses nobres aliados da sociedade que ganham o pão de cada dia levantando informações, analisando-as, mastigando-as e registrando-as para que você, esteja sempre bem-informado?

A valorização da profissão dá inicio a uma guerra em favor do curso superior em Jornalismo, e é inadmissível o credenciamento de novos jornalistas sem a Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Claro e ninguém vai ignorar os jornalistas e comunicadores que entraram para o meio antes da regulamentação da profissão, pelo governo federal em 1979. Muitos profissionais éticos e capazes vêm desde o passado, mas o certo é que os jornalistas, veteranos ou novatos, devem dotar de conhecimentos mais aprofundados em comunicação e não somente em técnicas de reportagem ou de como fazer ou não uma reportagem jornalística. Ele deve saber, acima de tudo, a ética, os valores sociais e antropológicos do meio que está atuando e da região na qual mostra o seu trabalho.

Em todo o Brasil, o jornalista ainda não pode comemorar a total liberdade de expressão. Não pode comemorar sobre o constante aparecimento de jornalistas de péssima qualidade nas redações, provenientes do achismo que se abate na comunidade nacional, que ainda não reconhece totalmente o trabalho jornalístico
Também na perspectiva da valorização profissional dos Jornalistas e com a proteção do direito da sociedade a uma informação de qualidade, a FAGOC tem desenvolvido um esforço de trabalhar conjuntamente por uma constante avaliação e aperfeiçoamento de seu curso de comunicação Social/Jornalismo.

Nesta perspectiva, a ética é outro elemento indissociável do exercício profissional do Jornalismo. Considerando a questão da ética profissional, o aperfeiçoamento da prática jornalística, a valorização profissional dos Jornalistas e o bem social que é a informação, reafirmamos a necessidade do Conselho Federal dos Jornalistas. Sua criação será retomada como prioridade movimento nacional da categoria.

Assim, comemoramos 24 de janeiro, 7 de abril e 1º de junho, congratulando-nos e homenageando os profissionais jornalistas que defendem o processo de democratização da comunicação, combatendo a mercantilização da informação e sem a necessária valorização e fortalecimento da profissão e do profissional jornalista.

Raul Carneiro Filho