UNIFAGOC
Quando é hora de mudar de estágio?
Publicado em 08/10/2007
por Developer Unifagoc
Um dia a gente nasce. Frágil, dependente, ignorante. Depois, o aprendizado se inicia através do contato direto com as coisas e as pessoas. Em seguida, de posse da fala, são exploradas as memórias humanas a partir dos testemunhos dos pais, irmãos, parentes, amigos e professores. Então, chega a época de se preparar para as escolhas de “gente grande”. E “gente grande” vive a tomar decisões. De algumas se arrepende. De outras sai satisfeita.
O arrependimento e as frustrações nascem das nossas ilusões. Uma pessoa ouve o que os outros dizem, vê o que eles fazem, e sua imaginação constrói um cenário bonito e aconchegante, cheio de tranqüilidade, compreensão, carinho e prazer. Mas ao tentar transformar o sonho em realidade, falta não só um terreno sólido o bastante para sustentá-la como materiais resistentes e duráveis. Felizmente existem as oportunidades para a gente namorar e estagiar.
Ao namorar, se descobrem muitas coisas: que as pessoas vistas de pertinho são diferentes de quando são observadas à distância. Que nem tudo que se promete, se cumpre. Que as opiniões se alteram. Que seduzir dá trabalho e nem sempre compensa. Que um dia junto da pessoa amada parece um minuto, mas um dia sem vê-la parece um século.
O mesmo ocorre com relação ao estágio. Há muitas histórias que se contam a respeito do mundo empresarial e das profissões.
O estágio é a grande chance de cada estudante explorar o ambiente empresarial e colher amostras em diferentes organizações, departamentos e atividades. Este contato direto com as pessoas que fazem o dia-a-dia do ambiente corporativo é que permite a cada um construir sua própria imagem.
É claro que alguns se apaixonam pela primeira empresa e esta paixão é correspondida, o que gera uma convivência harmoniosa de muitos anos. O contato com diferentes empresas de diferentes portes e setores, porém, pode ser muito útil para conhecer a realidade do mercado e, assim, construir uma base melhor para a tomada de decisão com relação ao emprego que seja mais compatível com a natureza do indivíduo.
Segundo especialista o estudante precisa viver, no mínimo, dois “relacionamentos” distintos para ter acesso à cultura e valores empresariais diferenciados. Em cada um destes relacionamentos ele precisará passar pelo período de experiência. A dúvida do “fico ou não fico” é muito comum para a maioria dos estagiários, especialmente porque na Faculdade todo mundo insiste na máxima de que estágio serve para dar experiência e quanto mais experiência melhor. A atual realidade do mercado, porém, mostra que não é só isso que pesa na balança. Antes de sair trocando de estágio a cada seis meses o estudante deve enxergar as possibilidades que uma empresa pode oferecer. E, acredite, elas vão muito além da efetivação.
Esse crescimento está diretamente ligado às competências que o estudante vai desenvolver no ambiente de trabalho, são elas: disciplina, iniciativa, espírito de equipe, ética profissional, visão de conjunto e comprometimento com metas. “Esta junção de competências é que transformam o estudante inexperiente no profissional desejado pelo mercado. Isso não se aprende na faculdade, mas no trabalho.
O diretor da Agieer – empresa de consultoria de estágios – Eduardo Collinett, lembra que uma empresa pode dar a oportunidade de contato com grandes especialistas em sua área, profissionais com carreira brilhante que, só pela proximidade, já inspiram o estudante. Para ele, isso conta tanto quanto a chance de efetivação. “Estar envolvido no dia-a-dia de uma grande redação, por exemplo, com grandes profissionais com muita história para contar é uma vantagem imensurável para qualquer estudante e é algo que a faculdade não consegue oferecer”, diz.
Além disso, os especialistas lembram que com as mudanças nas relações do trabalho e a demanda crescente por profissionais autônomos, depois de formado, um estagiário pode facilmente se tornar um freelancer bem requisitado ou ser indicado para uma outra empresa. Por isso, defendem os especialistas, não vale dar adeus ou recusar um estágio apenas por causa do valor da bolsa-auxílio ou pelas remotas chances de efetivação.
O estudante precisa ter autocrítica para avaliar seu comportamento, crescimento e dificuldades, afim de que também possa se ajudar a crescer. O estagiário precisa ter capacidade de auto-avaliar para identificar se sua conduta é apropriada e coerente ao ambiente de trabalho do qual faz parte.
Os especialistas lembram que, antes de partir para outra, vale fazer um mapeamento de carreira para procurar obter todas as experiências necessárias durante seu período como aprendiz. O estagiário precisa saber o que busca em termos de aprendizado e de oportunidades de crescimento. Por isso, vale fazer um mapa das ‘empresas dos sonhos’ para adquirir as experiências procuradas e as oportunidades desejadas.
www.universia.com.br
Agência de Notícias da Fagoc – ANF
anf@fagoc.br
