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“Rádio Recreio”: música e informação nos intervalos das aulas na Fagoc

Publicado em 17/06/2005
por Developer Unifagoc

Foto: Sandra Marques



Laboratório de rádio, onde são feitas as transmissões ao vivo, durante o intervalo das aulas, na Fagoc. Na foto, estudantes do 2º grau, em visita à faculdade, conhecem o estúdio e interagem com o locutor e operador de som.

Reportagem dos estudantes do 3º período de Jornalismo, Denise Alves, Gabrielle Lamarca, Geisiane Rigueira e Fernanda Aparecida.

Fundado em 07 de novembro de 2003, o laboratório de rádio Ary Barroso, da Fagoc, é um dos espaços para a prática dos estudantes de Jornalismo. Com a instalação de caixas de som no pátio externo do campus e a transmissão, de segunda a sexta, dos programas diurnos e noturnos na hora do intervalo das aulas, transformou-se em um veículo de comunicação importante de toda a comunidade acadêmica.

Pela manhã, a “Rádio Recreio” fica no ar de 9h30 às 10h50 e à noite, de 20h40 às 21h. Os atuais monitores são Alex Daniel Caldeira da Silva e Leonardo Mendes, do curso de Jornalismo. Eles trabalham como operadores de som e são responsáveis pela edição dos programas. Todos os alunos do curso podem fazer a locução ao vivo ou produzir os roteiros e gravar programas no estúdio. Para isso, eles aprendem sobre as técnicas e estilos através das disciplinas “Radiojornalismo” e “Laboratório Eletrônico”.

Segundo a Coordenadora do curso de Jornalismo, Taís Alves, haverá, nas próximas semanas, seleção de novos monitores para o segundo semestre de 2005. Diariamente, ela acompanha a transmissão dos programas na hora dos intervalos das aulas e orienta os monitores. Taís afirmou que a programação já esteve melhor e manda um recado para os alunos: “Vamos usar a criatividade e produzir programas utilizando o laboratório que foi criado para vocês.”

O principal público-alvo da rádio são os alunos de todos os cursos da faculdade, que ouvem, além de músicas, notícias do seu interesse, produzidas pela equipe da Agência (ANF), por equipes das disciplinas práticas de radiojornalismo e também pelos próprios monitores. Esporadicamente, são realizados sorteios de brindes, promoções e entrevistas com convidados. Em edições especiais, a rádio transmite programas informativos e musicais gravados e ao vivo, como a série “Café com Som”, que vai ao ar todos os anos, durante a “Semana da Comunicação”.

A opinião dos ouvintes entrevistados para esta reportagem foi, em geral, favorável ao “Projeto Intervalo”, mas há críticas importantes:

Robson Burato, 28 anos, estudante do 7º período de Administração de Empresas, diz que está satisfeito com a rádio, porque toca músicas variadas, mas deveria tocar mais rock. Para ele, estilos como funk, brega e sertanejo estão “defasados”. “Não presto muita atenção nas informações passadas, por estar distraído conversando com meus amigos. Mas os locutores têm uma dicção que dá pra entender”, afirmou.

Fabiane Carvalho de Barros, 28 anos, do 1º período de Educação Física, disse que a rádio é uma distração muito boa para o horário do intervalo, mas que deve ter variação de apresentadores e músicas de ritmos diferentes. Quando está com tempo, ouve sua programação, mas não gosta muito quando toca rock pesado. Também completa dizendo que as vozes dos locutores atraem os ouvintes.

Quem diz estar sempre ouvindo a rádio é o estudante do 3º período de Ciência da Computação, Maycon da Silva Nazareth, 22 anos. Ele afirmou que gosta da programação, porque apesar do pouco tempo que ela fica no ar, concilia diversão e informação. Para ele, não existe música “defasada” e os locutores “têm uma voz legal”.

Já a estudante de Administração de Empresas Aline Rodrigues Vieira, 20 anos, não está satisfeita com a rádio. Acha que o tempo é insuficiente e por isso poderia ser aproveitado para tocar mais músicas e não ficarem fazendo “brincadeiras bobas, perdendo tempo”. “Para valorizar o meio que convivemos, a rádio deveria dar destaque às notícias breves sobre a faculdade e aos eventos da cidade”. Aline sugere também que outros locutores entrem no ar, para não cair na rotina. “Todos são capazes, mas deveriam ser dadas mais oportunidades a outros alunos, para mostrarem que também têm conteúdo”, completa a estudante.

Outra estudante, Juliana Padilha, 21 anos, do curso de Ciência de Computação diurno, diz não estar satisfeita com a programação da rádio neste horário, pois no repertório deveriam constar mais músicas atuais. Acha que a rádio é de grande importância para manter os alunos informados e por isso fica ligada na programação. Mas critica: “o único locutor do turno matutino poderia se aperfeiçoar mais”.

Para a aluna do 3º período de Jornalismo noturno e locutora de uma rádio de Viçosa, Alessandra Daloz, 27 anos, o roteiro está de acordo, mas falta mais jornalismo, ou seja, notícias, e que esta oportunidade deveria ser mais aproveitada pelos alunos, que estão participando pouco. Quanto à locução, afirma: “Não podemos cobrar muito dos locutores, pois muitos não são profissionais, mas a maioria tem uma boa dicção”.

O estudante Rodrigo Leite Gomide, 30 anos, também do 3º período de Jornalismo noturno, se diz satisfeito, mas acha que deveria ter mais rock na listagem das músicas. Nem sempre escuta a programação, mas em sua opinião, ritmos como axé, pagode, hip hop, dance e transe não deveriam tocar. Para ele, os locutores falam bem.