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Rumo à Fagoc

Publicado em 13/06/2006
por Developer Unifagoc

Por Matheus Fernandes – 7º período de Jornalismo

Alunos de toda a região viajam diariamente rumo a Ubá em busca de conhecimento. O destino? A Faculdade Ubaense Ozanam Coelho.
A partir desta edição, o Jornal da Fagoc traz uma reportagem por mês, para mostrar o dia-a-dia desses estudantes que aliam força de vontade e muito bom humor. A viagem começa por Senador Firmino.

O município é um dos poucos que não oferecem ajuda no transporte dos alunos para vir à faculdade. Esse é um dos motivos que faz com que eles se dividam entre os que vivem na cidade e os que optaram por vir morar em Ubá.
O secretário de Educação de Senador Firmino, Jones Neves, explicou que a pré-escola e o ensino fundamental são prioridades de ensino para o município e que, no momento, há outras carências como a implantação de uma creche. Jones afirmou que o município ajuda aos alunos do Ensino Superior de outra forma, abrindo vagas para estágio.

É o caso de Filipi Carneiro Fernandes, que juntamente com outros dois estudantes do primeiro período de Educação Física da Fagoc, está estagiando no projeto “Minas Olímpico Nova Geração”, sob o comando da professora Edinéia Barros, que também se formou na Fagoc, no final do ano passado. Filipi não esperava conseguir um estágio logo no primeiro período e disse que “está sendo muito bom poder aprender a teoria e, de imediato, testar na prática como funciona”.
Segundo o estagiário, o único inconveniente está sendo a falta de tempo. Esse problema também é encontrado por outros alunos como Nelson Junior, do terceiro período do curso de Administração de Empresas. “É difícil conciliar estudo e trabalho, principalmente em épocas de prova. Tenho que estudar no ônibus e antes da aula na faculdade. Quando há trabalho ou seminário em grupo fica mais difícil ainda”. A aluna do primeiro período de Administração, Michele Fernandes, explicou como são feitos os trabalhos em grupo: “Nós dividimos, cada um faz uma parte em casa e fazemos reuniões antes da aula para terminar. Depois alguém fica responsável por digitar o trabalho.”

Interesse é maior por Educação Física

São 23 alunos moradores de Senador Firmino na Fagoc, oito deles cursam Administração de Empresas, dois fazem Ciências Contábeis, dois estudam Jornalismo, um cursa Ciência da computação e dez estudam Educação Física, sendo que quatro pessoas já se formaram pela Fagoc nesse curso.

O aluno Guilherme Garcia, do primeiro período de Educação Física, acha que o interesse vem do gosto da população pelo esporte e que “é um sonho trabalhar com o que se gosta”. Davidson Silva, que se formou na Fagoc no ano passado, disse que já ouviu pessoas dizerem que fariam Educação Física por ser um curso fácil e que “essa é uma falsa expectativa, um preconceito. Se alguém que não gosta da área começar a fazer o curso, será difícil continuar”.

O grande interesse dos estudantes pela área de Educação Física agrada ao Secretário de Educação do município: “na nossa cidade a mão de obra especializada é escassa. Temos Educação Física na fase infantil, na fase introdutória e de 1ª à 4ª série e precisamos de profissionais para isso”.

Quem viaja tem história

Vindo e voltando todos os dias, os estudantes acabam ficando reunidos por quase duas horas todos os dias. Assim vão surgindo brincadeiras, apelidos e frases que se tornam verdadeiras pérolas.

Algumas pérolas estão presentes na memória do estudante. Certa vez uma pessoa pediu para o motorista apagar a luz porque ele não queria que os outros ouvissem sua conversa. Vissem ou ouvissem?

Éder Assis, do terceiro período de Administração, já ouviu no ônibus expressões como “pão salvado”, ou seria sovado? Eles também têm apelidos curiosos. Alguém poderia bater um time desses? Rebanho, Brinquedo, Cabeção, Shrek, Gretchem, Mimosa e “Tijunim”, isso sem falar na já famosa Rádio Al Jazzeera, instituída por um aluno para a diversão na viagem. São paródias, piadas e “causos” que não acabam mais.

O município

Senador Firmino, antigo distrito de Conceição do Turvo, pertencente ao município de Ubá, até 1938. Os índios da região não permitiam a fixação de mineradores e agricultores no local, destruindo casas e roças. O arraial só surgiu com o aniquilamento dos índios, a partir da segunda metade do século XVIII. Com o esgotamento das minas, o local entrou em decadência, passando a pertencer a Dores do Turvo em 1871.

O núcleo que deu origem a atual cidade de Senador Firmino, data dos primeiros anos do século XVIII, quando alguns elementos lusos e brasileiros se apossaram das terras vizinhas e se instalaram com suas fazendas de culturas e criação. O arraial de início foi chamado “Rocha”, vindo posteriormente o topônimo de Conceição do Turvo.

A criação de distrito aconteceu em 19 de dezembro de 1865. E em 17 de dezembro de 1938 passou a chamar-se Senador Firmino, em homenagem ao Senador do Império Firmino Rodrigues da Silva, que era juiz da comarca de Mariana, cujos domínios abrangiam as terras onde se localiza hoje o município de Senador Firmino.
A sede do Município está situada a 780m de atitude. Senador Firmino conta com pequenas comunidades rurais, dentre elas estão: Grama; Massena; São Manoel; Barra do turvo; Palmeiras; Dias; São Francisco; Sobreira e outra.

O município está situado a Sudeste do Estado de Minas Gerais, Zona da Mata Mineira, Micro Região de Ubá, com área de 166,2 Km², e faz limites com as cidades de Dores do Turvo, Divinésia, Brás Pires, Presidente Bernardes, Paula Cândido e Ubá.



As cachoeiras atraem visitantes de toda a região.

(trecho extraído do site: http://www.lenimax.rg3.net/)