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Todo mundo tem um dia, mas qual o dia do jornalista?
Publicado em 07/04/2009
por Developer Unifagoc
Dia 7 de abril é o dia do Jornalismo. Mas existem várias datas. Oficialmente o dia 24 de janeiro é Dia do Jornalista. A exemplo de outras categorias profissionais, usa-se a data do padroeiro da profissão, São Francisco de Sales, para homenagear os profissionais do jornalismo. O dia da Imprensa era comemorado era o dia 10 de setembro, mas a data mudou. Nesse dia, em 1808, foi quando circulou pela primeira vez a Gazeta do Rio de Janeiro, um periódico oficial que servia à Corte de Dom João. Até então eram proibidas a circulação e a impressão de qualquer tipo de jornal. Porém, havia um jornal, que antes da criação da Gazeta, já circulava clandestinamente: era o Correio Braziliense, produzido em Londres por Hipólito da Costa. Sua distribuição era proibida, sob pena de degredo ou coisa pior. Somente em 1999 o Correio foi reconhecido oficialmente como pioneiro na história da imprensa brasileira e foi criada uma lei que determinava a mudança do Dia da Imprensa para 10 de junho.
Seria interessante unificar o Dia da Imprensa, do Jornalista e do Jornalismo num dia só, um dia de reflexão sobre o verdadeiro do papel da imprensa no Brasil. Algumas pessoas pouco valorizam ou até mesmo não dão o devido valor ao trabalho deste profissional, que para grande parte da população são seus olhos e ouvidos, e é também por seu intermédio que boa parte do povo tem voz. O jornalismo está constantemente presente nas vidas das pessoas. Ainda bem.
A valorização da profissão dá inicio a uma luta em favor do curso superior em Jornalismo, uma vez que é incoerente o credenciamento de novos jornalistas sem a Habilitação em Jornalismo. Claro e ninguém vai ignorar os jornalistas e comunicadores que entraram para o meio antes da regulamentação da profissão, ainda sob o julgo da ditadura, em 1979. Muitos profissionais éticos e capazes vêm do passado, mas o certo é que os jornalistas, veteranos e novatos, devem ter conhecimentos mais aprofundados em comunicação e não somente em técnicas de reportagem ou de redação. Ele deve ter, acima de tudo, a ética e os valores sociais do meio que está atuando. Não existe uma fórmula de distribuir talento ou de ensinar estilo, mas pode-se preencher outros requisitos que dependem do esforço pessoal, da persistência, do interesse em desenvolver habilidades de transformar ideias em texto. Para isso, os bancos acadêmicos são fundamentais. A única forma de se formar jornalistas capazes é através de um curso superior de graduação em jornalismo.
É fato que no Brasil o jornalista ainda não pode gozar a plena liberdade de expressão. As barreiras comerciais corporativas vez por outra desnorteiam o caminho ético da distribuição da informação. Mas não podemos dar as costas para constante aparecimento de jornalistas de qualidade duvidosa nas redações, provenientes da desinformação de empresários de mídia que ainda não reconhece totalmente o trabalho jornalístico.
Na perspectiva da valorização profissional dos Jornalistas e com a proteção do direito da sociedade a uma informação de qualidade, comemoramos o dia 7 de abril, congratulando-nos e homenageando os profissionais jornalistas que defendem o processo de democratização da comunicação, combatendo a mercantilização da informação e acreditando na necessária valorização e fortalecimento da profissão e do profissional jornalista.
