Um grupo de colaboradores da Fagoc esteve, esta semana, na Argentina para desenvolvimento de projetos de mestrado e doutorado na Universidade Nacional de La Plata (UNLP). No total foram 11 professores entre o diretor geral, Marcelo Andrade, o superintendente acadêmico, Marcelo Daibert e os coordenadores dos cursos de Administração, Vanessa Pires, Comunicação Social, Raul Carneiro e Ciências Contábeis, Wilderson Cardoso.
 

A viagem faz parte de uma série de medidas tomadas pela faculdade a fim de qualificar o corpo docente da instituição. A Fagoc é conveniada ao Instituto de Consultoria e Elaboração de Projetos Educacionais do Mercosul – ICEPEM -, que oferece 10% de desconto aos professores e colaboradores da faculdade em programas de mestrado e doutorado de diversas universidades no exterior, inclusive na UNPL. “Estamos nos capacitando na área de educação para poder oferecer um ensino de qualidade aos nossos alunos”, afirma Marcelo Daibert. 

 

Plano de Capacitação Docente
 

Outra iniciativa que visa qualificar os professores da Fagoc é o Plano de Capacitação Docente, um projeto que oferece incentivo financeiro para obtenção de novo grau acadêmico. O programa disponibilizará as bolsas levando em conta critérios como tempo de trabalho na faculdade, área de pesquisa de interesse para instituição, frequência em treinamento, publicação de artigos entre outros.

“Se aumentarmos os números de professores mestre e doutores iremos aumentar a qualidade das aulas”, afirma Marcelo Daibert. O edital para a participação no projeto estará disponível no fim do ano.

Atualmente, o corpo docente da Fagoc é formado por 53% de mestres e doutores. A meta é que, em cinco anos, esse percentual seja de 70%. “Ao fazer o mestrado ou doutorado, o professor lida com disciplinas de docência, o que muda sua visão de como dar aula”, destaca Daibert. Ele explica ainda que a qualificação do professor implica, diretamente, no conceito do curso junto ao MEC.  

 

“Para quem, como eu, atua como docente, tanto o mestrado quanto o doutorado são necessários já que estamos formando outros profissionais”, defende a professora Tatiana Costa Coelho que está em fase de conclusão do seu doutorado na área de História e Religião.
 

Ela, que já lecionou para turmas do cursos de Ciências Contábeis, Comunicação Social – Jornalismo e Direito da Fagoc, acredita que a prática “da sala de aula” aliada ao conhecimento adquirido com essas titulações ajuda o professor a desenvolver um trabalho cada vez melhor.

 

“A pesquisa acadêmica é importante para a formação do profissional de qualquer área, principalmente daqueles que se propõem a dar aula”, afirma Tatiana, que é formada em História pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Em 2010, ela conclui o mestrado na mesma área pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

A coordenadora do curso de Administração da Fagoc, Vanessa Pires, que está fazendo o doutorado, entende que, além da obtenção de outros conhecimentos, a busca pela nova titulação permitiu que ela avaliasse seu desempenho como professora. “Minha postura com os alunos já mudou depois que comecei o doutorado”, afirma. 

Vanessa, que desenvolve uma pesquisa sobre Políticas Públicas na Educação na UNLP, conta que um dos grandes desafios é voltar a ser um estudante. “Às vezes, o professor vê alunos sem paciência ou dispersos com celulares, computadores; enquanto alunos, agimos exatamente da mesma forma”, brinca.
 

“Nós, professores, precisamos encontrar maneiras de interagir com os alunos, principalmente, no que diz respeito ao uso da tecnologia”, completa.