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Ansiedade nos estudos: quando o nervosismo ultrapassa o limite?
Publicado em 10/11/2025
por Goya Conteúdo Agência

Sentir-se ansioso frente a uma prova de vestibular é normal – faz parte da experiência de qualquer estudante, principalmente daqueles que querem cursar Medicina. No entanto, é fundamental reconhecer quando esse sentimento ultrapassa o limite e começa a prejudicar o desempenho acadêmico.
Segundo o professor José de Alencar Ribeiro, psiquiatra com especialização por Residência Médica em Psiquiatria e Psiquiatria da Infância e Adolescência, “o nervosismo natural da ansiedade surge em situações específicas (apresentar trabalhos, por exemplo) e tende a diminuir após o evento”.
Contudo, o professor alerta que “na ansiedade clínica, essa sensação é mais persistente, difusa e desproporcional, com sintomas que se mantêm ou pioram mesmo após passar o evento, ou às vezes permanecem sem que haja evento próximo”.
Em outras palavras, quando a ansiedade começa a afetar a rotina de estudos e a qualidade de vida, é hora de repensar hábitos e buscar apoio. “O impacto funcional é o critério central: quando o nervosismo deixa de ser um estímulo e se torna uma barreira pode indicar um transtorno de ansiedade”, pontua.
Pensando nisso, ao longo deste texto preparado pelo blog do UNIFAGOC, você confere as orientações do professor José de Alencar Ribeiro sobre como identificar os sinais de alerta e lidar com a ansiedade nos estudos. Confira!
Afinal, quando a ansiedade deixa de ser normal?
De acordo com o professor, alguns sinais indicam que a ansiedade está se tornando um obstáculo:
- Sintomas físicos intensos e frequentes, como falta de ar, taquicardia, tensão muscular, tremores e sudorese;
- Dificuldade de concentração e de memória que prejudica o rendimento nos estudos;
- Preocupações constantes e desproporcionais, que ocupam a mente mesmo em momentos de descanso;
- Evitar situações que causam desconforto;
- Interferência no sono, apetite ou relações sociais.
O que é a ansiedade?
De acordo com o professor José de Alencar Ribeiro, “a ansiedade se trata de um mecanismo de resposta fisiológica cerebral importante que nos protege, por exemplo, em situações de perigo”.
No entanto, como explica o psiquiatra, “consideramos como Transtorno de Ansiedade quando essa resposta cerebral fica exacerbada a ponto de comprometer o desempenho acadêmico e a vida pessoal”.
Técnicas simples para controlar a ansiedade nos estudos
Segundo o professor, algumas estratégias práticas podem ajudar estudantes a manter o equilíbrio emocional no dia a dia. Entre elas, ele destaca:
- Respiração diafragmática ou lenta: ajuda a reduzir a ativação fisiológica;
- Mindfulness (atenção plena): pequenas práticas diárias de foco no presente a fim de diminuir ruminações;
- Técnica da pausa programada: alternar períodos de estudo (ex.: 50 min) com pausas curtas (ex.: 10 min);
- Reestruturação cognitiva simples: exercendo análise crítica aos pensamentos automáticos do tipo “não vou conseguir” e substituí-los por afirmações mais realistas;
- Atividade física leve: caminhada, alongamento ou exercícios de curta duração regulam a ansiedade.
Além disso, é importante incluir hobbies e lazer no dia a dia para garantir o bem-estar e a qualidade dos estudos. Nem sempre fazer mais é melhor.
“Hobbies e lazer são essenciais para a saúde mental, pois funcionam como reguladores emocionais e cognitivos. Atividades prazerosas liberam dopamina e endorfina, favorecem a criatividade e possibilitam o descanso ativo, prevenindo sobrecarga mental. Além disso, são fundamentais na preservação a identidade do estudante para além do papel acadêmico”, diz o professor.
Estudar demais também pode fazer mal
A busca pelo sucesso acadêmico muitas vezes leva à sobrecarga – e isso pode ser tão prejudicial quanto não estudar o suficiente.
“O excesso de estudo, sem realizar pausas e de maneira desordenada, pode gerar exaustão mental, queda da memória e até sintomas de burnout. A curva de rendimento mostra que há um ponto ótimo de aprendizado e ultrapassá-lo leva à queda no desempenho. Tanto a negligência quanto a sobrecarga são prejudiciais – o ideal é buscar consistência com equilíbrio”, orienta.
Quando procurar ajuda profissional?
Em alguns casos, o acompanhamento psicológico é essencial. “Se a ansiedade se tornar persistente a ponto de prejudicar a rotina, é hora de buscar ajuda profissional. Ela traz comprometimento significativo do desempenho acadêmico”, diz o professor José de Alencar Ribeiro.
“Se perceber que já tentou estratégias de autocuidado sem que tenha tido nenhuma melhora”, é preciso recorrer a um profissional.
Ainda, ele reforça que a terapia pode trazer resultados diretos no desempenho acadêmico: “O acompanhamento psicológico trabalha e organiza estratégias de manejo de ansiedade, organização de tempo, motivação e autoconfiança, auxiliando no fortalecimento das habilidades socioemocionais, favorecendo na resiliência”.
“Resultado: melhor desempenho acadêmico e qualidade de vida, já que o estudante aprende não apenas conteúdos, mas também a lidar consigo mesmo no processo de aprendizagem”, conclui.
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