Intercâmbio na faculdade de Medicina: alunos do UNIFAGOC contam experiência

Publicado em 01/01/1999
por Developer Unifagoc

Realizar um intercâmbio durante a graduação permite ao aluno enriquecer a experiência pessoal e profissional, o que contribui para uma formação complementar que vai além do ambiente acadêmico.

 

Filiado ao International Federation of Medical Student’s Association (IFMSA), o UNIFAGOC conta com um Comitê Local IFMSA que, desde 2017, conquistou o direito de enviar e receber intercambistas nacionais e internacionais.

 

Confira abaixo algumas histórias de acadêmicos do curso de Medicina do UNIFAGOC que realizaram intercâmbio ao longo de sua graduação:

 

ALUNA DE MEDICINA DO UNIFAGOC É CONVIDADA PARA MONITORIA NA WEILL CORNELL COLLEGE OF MEDICINE NOS EUA

 

 

A aluna do 11º período do curso de Medicina do UNIFAGOC Layla Vieira foi convidada para ser monitora no IX Curso Hands On de Acessos Cirúrgicos à Base de Crânio que ocorrerá entre os dias 5 e 12 de junho no Laboratório de Inovações Neurocirúrgicas da Weill Cornell College of Medicine, que fica nos Estados Unidos da América (EUA).

 

Este curso é destinado a neurocirurgiões, otorrinolaringologistas e médicos residentes de ambas áreas. A Weill Cornell College of Medicine foi fundada em 1898 e é referência mundial há mais de um século, estando sempre envolvida em cuidados clínicos de classe mundial, pesquisas de ponta e educação médica inovadora.

 

“Ter conquistado essa oportunidade significa, para mim, que estou no caminho certo e devo muito isso ao mestre que escolhi seguir, o Dr. Filipe Andrade”, afirma Vieira.

 

Esta não é a primeira experiência internacional da acadêmica na área, Layla já acumula outra conquista e vivência do intercâmbio de cirurgia geral que fez na clínica Foscal em Bucaramanga, na Colômbia, onde pode assistir a seminários e conhecer hospitais com diferentes níveis de tecnologia ao acompanhar o seu tutor.

 

MEDICINA

 

 

A estudante conta que seu interesse pela graduação em Medicina surgiu no segundo ano do ensino médio e que sempre gostou de biologia, especialmente quando se tratava do estudo do funcionamento do corpo humano.

 

“Conheci o UNIFAGOC quando estava jogando minha nota do Enem no SISU para o FIES. Escolhi essa instituição por ser na cidade em que nasci, onde eu teria apoio da minha família. Além disso, após conhecer o UNIFAGOC, a infraestrutura da faculdade e a coordenação do curso me fizeram ter certeza que fiz a escolha certa”, relata a aluna.

 

UNIFAGOC

 

Layla afirma que o UNIFAGOC foi fundamental para essa conquista, pois sem o apoio que recebeu dos professores, da instituição e da coordenação, não seria possível participar desse curso.

 

“A instituição me ofertou bolsa de R$ 4.000 como apoio para minha ida. Considero o UNIFAGOC um centro de oportunidades. Devo muito a tudo que a faculdade me forneceu e ainda fornece, desde o início, como a oportunidade de ser monitora, os projetos de extensão, todo apoio para promoção de eventos, participação de eventos, a ajuda que tive para fazer meu intercâmbio e a ajuda e apoio quando recebi intercambistas”, destaca Vieira.

 

CONVITE

 

A aluna conta que recebeu o convite para ser monitora desse curso por meio do orientador de um grupo de estudos em neurocirurgia do qual participa, chamado Neuro em Foco, que é um dos organizadores desse curso em Nova York e escolheu quatro dos cerca de 17 alunos participantes do grupo.

 

“Fui um dos quatro escolhidos. Me senti honrada quando recebi esse convite e muito feliz por ter essa oportunidade que nenhum outro aluno de Medicina do Brasil teve até então. Espero me aprimorar cada dia mais tanto profissionalmente quanto pessoalmente, em busca de ser o melhor que eu puder para meus pacientes”, afirma a acadêmica.

 

DICAS

 

Layla deixa dicas para quem também deseja conseguir oportunidade como esta.

 

“Tudo que escolher fazer, faça por interesse em aprender. Seja proativo, se dedique por inteiro e não se contente com o mais ou menos. Às vezes surge algo que não vai te gerar certificados ou quaisquer outras vantagens a não ser aprender, quando isso acontecer se contente com o fato de poder aprender. A maioria das oportunidades são criadas direta ou indiretamente e as melhores levam tempo para aparecer”, conclui Vieira.

 

ALUNO DA MEDICINA UNIFAGOC REALIZA INTERCÂMBIO NA UNIVERSIDAD ANDRÉS BELLO NO CHILE

 

 

O acadêmico do 11º período do curso de Medicina do UNIFAGOC e presidente do comitê  International Federation of Medical Students (IFMSA) Brazil UNIFAGOC, Lucas Benício Lourenço Melo, realizou intercâmbio internacional pela IFMSA durante quatro semanas na Universidad Andrés Bello (UNAB) em Santiago, capital e maior cidade do Chile.

 

Lucas deu início ao intercâmbio no dia 05 de dezembro e permaneceu até o dia 30 do mesmo mês, onde atuou no serviço de Urgência e Emergência e conta que pode aprender na prática mais sobre a área e como a Medicina é exercida em um país diferente.

 

“Tive a oportunidade de observar condutas, auxiliar médicos e enfermeiros em procedimentos, sempre com supervisão, e de praticar, como se estivesse fazendo um mês extra de internato na área”, relata o aluno.

 

UNIFAGOC

 

O estudante conta que na experiência em outro país, com outro idioma, trabalhando com médicos do mundo todo, percebeu a base que tem, que o permitiu aprender mais e ser mais útil como interno lá.

 

“Durante os cinco anos de curso que já completei, não somente aprendi o conteúdo, protocolos, condutas e conhecimentos teóricos. Aprendi a como me portar num ambiente de saúde, como me comunicar de forma mais eficaz, a lidar com pacientes em momentos difíceis, com notícias ruins, a valorizar detalhes na história dos pacientes e enxergar além das doenças. Enfim, no UNIFAGOC aprendi não somente a como conduzir doenças, mas como cuidar de pessoas, isso fez toda a diferença lá e tenho certeza que fará no futuro também, depois da formatura”, ressalta Lucas.

 

O discente ainda destaca o apoio da Instituição para realizar atividades como esta.

 

“O UNIFAGOC sempre apoia e ajuda muito nesses projetos extracurriculares. A equipe da secretaria de Medicina, da secretaria acadêmica, enfim, todos ajudaram bastante na parte burocrática das documentações para ir para o intercâmbio”.

 

OPORTUNIDADE

 

Lucas afirma que decidiu ir para o Chile porque o país conta com sistema de saúde bem estruturado e um dos melhores da América Latina, além de a língua ser o espanhol, o que facilitou no momento de se comunicar com os pacientes.

 

“Foi oportunidade única de aprender e revisar, de forma dinâmica, na prática, protocolos e condutas que serão essenciais para meu internato de Urgência e Emergência que será em janeiro, e, mais ainda, para minha prática médica, depois de formado. Pude praticar e melhorar meu espanhol e a minha comunicação com os pacientes, mesmo com pacientes brasileiros, porque a adversidade de atender em outro idioma me fez criar estratégias para conduzir a anamnese e o exame físico”, destaca o acadêmico.

 

INTERCÂMBIO IFMSA BRAZIL

 

O estudante conta que o processo para participar do intercâmbio foi organizado pela IFMSA Brazil, uma organização de estudantes de Medicina que representa o país dentro da IFMSA, organização internacional, também de estudantes de Medicina, que está presente na maioria dos países, no mundo todo.

 

“No UNIFAGOC temos um comitê local da IFMSA Brazil, a IFMSA Brazil UNIFAGOC, e, entre outros, conta com estudantes responsáveis pelos intercâmbios e por nos auxiliar com todo o processo. Dessa forma, para participar, é só entrar em contato com o comitê para que os responsáveis te auxiliem a organizar tudo e conseguir sua vaga”, comenta o aluno.

 

Lucas diz que o primeiro passo é decidir se quer fazer intercâmbio nacional ou internacional e que ao optar pelo internacional, em seguida escolheu para qual país queria ir, levando em consideração a língua, as características do sistema de saúde e os pré-requisitos de cada país.

 

“Declarei interesse na vaga para o país, enviei os documentos necessários, paguei as taxas de intercâmbio e aguardei o resultado. São duas taxas que totalizam cerca de R$ 600, além disso temos que receber um intercambista de fora também. Em troca, recebemos moradia e pelo menos uma refeição por dia durante todo o período do intercâmbio. Em geral, os intercâmbios têm duração de 30 dias, para dar tempo de fazermos durante as férias, sem comprometer nosso semestre ou atrasar a formatura”, descreve o acadêmico.

 

ALUNAS DA MEDICINA UNIFAGOC REALIZAM INTERCÂMBIO INTERNACIONAL

 

Outro exemplo é a aluna Joyce Fernandes, que escolheu a cidade de Cusco no Peru como destino. Ela conta  que a experiência foi enriquecedora e que pôde conhecer como é a medicina peruana por meio do estágio.

 

A aluna do curso de Medicina Joyce Fernandes ao lado de seu tutor do intercâmbio no Peru. Foto: arquivo pessoal.

 

“Aprendi um pouco sobre o serviço de saúde que é tão diferente do nosso. O Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo com suas dificuldades, ainda é muito mais completo em relação ao que vivenciei lá”, afirma Joyce.

 

Confira o depoimento de Joyce quando ainda estava em Cusco:

 

 

A estudante Layla Vieira, que também teve a oportunidade de fazer um intercâmbio internacional, escolheu a cidade de Bucaramanga na Colômbia. Ela relata que pôde assistir a seminários e conhecer hospitais com diferentes níveis de tecnologia ao acompanhar o seu tutor. 

 

 

À esquerda da foto, a estudante de Medicina da Fagoc Layla Vieira durante seu estágio na Colômbia. Foto: arquivo pessoal.

 

“Apesar de ser de caráter observacional, o tutor me deixou realizar alguns procedimentos como sutura, permitiu que eu o ajudasse em algumas cirurgias e fizesse alguns exames físicos sob sua supervisão. Além disso, quando tive um tempo vago, o acompanhei em neurocirurgias e, em uma delas, pude entrar e ajudá-lo. Também acompanhei outro tutor no departamento de medicina interna, que no Brasil corresponde a Clínica Geral”, completa Layla.

 

Joyce e Layla foram contempladas com do Programa de Intercâmbio Bolsas de Internacionalização para Discentes, que oferece um incentivo financeiro para ajuda de custo em intercâmbio internacionais.

 

No vídeo, Layla relata como foi sua experiência:

 

Outro estudante que realizou um intercâmbio internacional foi Braian Campos, que se inscreveu para três países e foi sorteado para fazer a cidade de Puno no Peru, onde teve a possibilidade de conciliar o estágio com as atividades praticadas no internato iniciado em Ubá. 

 

“Pude avaliar pacientes de pós-operatórios, acompanhar algumas cirurgias, colocação de sondas, alguns pequenos procedimentos de sutura e a retirada de pontos. Pude ver a realidade da medicina de outra localidade, saber como funciona o hospital e conhecer a complexidade dos pacientes de lá. Foi de grande relevância para a minha formação profissional e cultural", relata o estudante.

 

Estudante do curso de Medicina do UNIFAGOC Braian Campos durante intercâmbio no Peru. Foto: arquivo pessoal.

 

Além de enviar os acadêmicos para o exterior, o UNIFAGOC também já recebeu intercambistas de outros lugares. Os primeiros recebidos pelos estudantes de Medicina foram os franceses Emmy Louveton e Thibaut Capelli. Depois, foi a vez de recepcionar o peruano Hanry Vega. 

 

Intercambistas franceses Emmy e Thibaut Foto: arquivo pessoal Emmy.

 

Intercambista peruano Hanry Vega

 

Os alunos estrangeiros se hospedaram por cerca de um mês nas casas dos estudantes de Medicina do UNIFAGOC e realizaram a carga horária do estágio no Hospital São Vicente de Paulo e foram acompanhados pelos médicos e professores da instituição, doutor Ricardo Furtado, que também é diretor administrativo da graduação, e pelo doutor Valério Hipólito. 

 

A aluna e uma das responsáveis por intercâmbios do Comitê Local, Letícia Vieira destaca que o UNIFAGOC dá total apoio aos intercâmbios nacionais e internacionais da IFMSA e que o aluno regularmente matriculado no curso de Medicina da faculdade pode ser um intercambista, em qualquer período. Para isso, basta entrar em contato com o Comitê e avaliar as possibilidades.

 

“Recebemos suporte tanto dos professores do curso, os quais se oferecem como tutores para receber intercambistas, quanto da coordenação, que sempre esteve aberta ao diálogo com nosso Comitê e sobretudo da direção da medicina, a qual permite que resolvamos todas as pendências e compareçamos aos eventos nacionais para representar a faculdade, inclusive com apoio financeiro e auxiliando nas burocracias necessárias”, completa Letícia.